Ivo Gomes (PDT), prefeito de Sobral, também recomenda voto em Eunício Oliveira va. (Foto: Camila de Almeida)

Depois de Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT) declararem voto em Eunício Oliveira (MDB), foi a vez de o prefeito de Sobral, o pedetista Ivo Gomes, afirmar que também vai recomendar a reeleição do presidente do Senado.

Em entrevista à rádio sobralense Educadora na manhã de hoje, o irmão de Cid e Ciro disse que não podia “fazer outra coisa a não ser reconhecer todas as pessoas que ajudam direta ou indiretamente Sobral, e o senador Eunício Oliveira é responsável por uma série de conquistas que estão em andamento hoje” na cidade.

Em seguida, Ivo menciona obras viárias e nas áreas de saneamento cuja execução só teria sido possível após o parlamentar do MDB destravar recursos do Governo Federal que estavam emperrados.

“Eu me sinto na obrigação de fazer a mesma recomendação (de voto em Eunício”, disse o prefeito, em alusão à declaração de teor semelhante dada por Cid em entrevista à Rádio Tribuna Band News, na última quarta-feira.

Questionado se iria votar em Eunício, o ex-governador do Ceará afirmou que, em “homenagem a Camilo”, que liderou as costuras partidárias no Ceará, “recomendaria” voto no senador.

Na entrevista de hoje, Ivo faz uma ressalva, porém: afirma que “as questões políticas (com Eunício) não estão sepultadas, o passado não está sepultado”. Mas acrescenta: “Não posso ficar olhando as coisas do passado tendo presente e futuro pra resolver”.

Depois de romper com os Ferreira Gomes e se aliar ao também senador Tasso Jereissati (PSDB) e ao deputado estadual Capitão Wagner, então no PR, Eunício candidatou-se ao Governo em 2014. Foi derrotado por Camilo no segundo turno.

Em conversa com O POVO na quarta passada, o senador agradeceu às falas dos ex-desafetos políticos e disse que retribuiria pedindo voto tanto para os pedetistas quanto para Camilo.

Durante convenção do MDB que oficializou a candidatura de Eunício no último sábado, o governador petista admitiu que Eunício era o “seu candidato a senador pelo Ceará”.

Postulante à reeleição, o emedebista integra bloco coligado informalmente a oito partidos da base camilista. A chapa avulsa foi a solução encontrada por Camilo para resolver um impasse no PT e no PDT. As duas legendas rejeitavam hipótese de uma parceria oficial com o senador.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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