Carlos Lupi e Ciro Gomes durante evento do PDT (Foto: Divulgação/PDT)

Em entrevista ao Blog Política, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, confirmou que a legenda irá ingressar com ação judicial pedindo a nulidade das eleições presidenciais.

Nesta quinta-feira, reportagem da Folha de S. Paulo mostra que empresas pagaram por pacotes de impulsionamento de mensagens anti-PT no WhatsApp durante o primeiro turno da corrida ao Planalto.

Segundo o jornal, os contratos de disparo de postagens somam R$ 12 milhões.

“Estamos agora mesmo estudando que tipo ação será feito, mas que vamos entrar com algum instrumento jurídico, vamos”, afirmou Lupi.

Para a campanha de Fernando Haddad, do PT, a compra de dados por empresas pode se enquadrar em crime de caixa 2 por constituir financiamento não declarado.

Desde 2015, o Supremo Tribunal Federal veda a doação de recursos oriundos de empresas.

Pelo Twitter, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, escreveu hoje que “as pesquisas eleitorais evidenciaram a impulsão da onda nos momentos finais” da campanha.

Paulino acrescenta que “RJ, MG e DF são claros exemplos” dessa curva na reta final do primeiro turno.

“Ao se comparar as fotos das vésperas, registradas por Ibope e Datafolha”, continua Paulino, “em comparação com a foto das urnas, o fenômeno é claramente explicitado”.

A dois dias da votação no primeiro turno, Bolsonaro cresceu fora da margem de erro nas pesquisas Datafolha e Ibope, enquanto Haddad se manteve no mesmo patamar.

Até então, o petista vinha galgando uma média de quatro a cinco pontos a cada levantamento. O capitão reformado,  entretanto, movimentava-se apenas na margem.

Na semana que antecedeu a votação, a rejeição de Haddad disparou 11 pontos percentuais entre a sexta-feira e a segunda-feira seguinte.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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