O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, afirmou ao Blog Política que planeja reunião com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar de ponderações ao superministério anunciado, que reunirá Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior. Ele disse que ainda não há data para o encontro.

Beto Studart.
(Foto: Fábio Lima/O POVO)

Para Beto, a união entre Fazenda e Indústria resulta numa anomalia, já que têm propósitos diferentes. “A Fazenda quer arrecadar, a Indústria (quer) é diminuir seus custos tributários para continuar competitiva”, argumenta.

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Mesmo classificando o superministério como incoerente, ele pondera que “não podemos criticar esse movimento. Era isso que nós queríamos. Foi baseado nessa redução de custos que (Bolsonaro) foi eleito”.

Reforça ainda que a medida não implica dizer que o futuro governo está equivocado. “Ainda está cedo, estamos com três dias da vitória”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade que Studart é vice-presidente, manifestou-se de forma contrária à medida. Em nota, o presidente Robson Andrade diz que Bolsonaro tem desafio de recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento econômico e social.

Para que isso ocorra, diz em nota, é necessária indústria forte, motivo pelo qual acredita ser imprescindível um ministério exclusivo para o setor.

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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