(Foto: Reprodução/site da Prefeitura de Saboeiro)

O prefeito do município de Saboeiro – a 440,3 quilômetros de Fortaleza -, Gotardo Martins (PSD), nomeou como chefe de gabinete no último dia 12, por meio de portaria, Francisco Aldemir Alves Amorim.

Conforme o site do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), inquérito policial foi instaurado contra Amorim para apurar crimes de tortura e extorsão mediante sequestro, seguida de lesão corporal grave. O caso teria se dado em Iguatu, em Iguatu, em 2010.

Teriam sido vítimas de agressão cinco pessoas, entre elas um jornalista. A hipótese é de que eles faziam oposição ao chefe executivo de Iguatu. O advogado Leandro Vasques representou uma das vítimas no período. Ao Blog Política, ele diz acreditar numa história “muito sinistra” por trás do caso, além de motivação política para os crimes.

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Além de Amorim, foram indiciados à época, com base no processo, Theogenis Martins Florentino, então chefe de gabinete da Prefeitura de Iguatu), Cícero Santiago Alves de Lima, servidor da Prefeitura, Francisco Aldemir Alves Amorim, secretário-executivo da Prefeitura, Francisco Itaílton Neves, Juliene Bernardo da Silva, Antônio Zilmar da Silva, membros da Guarda Municipal) e Francisco de Assis Alves Bandeira, sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Também foram indiciados o então prefeito de Iguatu, o deputado estadual eleito Agenor Neto (MDB), e o ex-deputado José Ilo Dantas (PSDB), pai de Agenor. Eles são suspeitos de ter ordenado a ação criminosa.

Em nota, o TJCE diz que o inquérito está na Comarca de Iguatu, e ainda está em fase de instrução. “Como o processo envolve vários réus e vítimas, as audiências de instrução (onde os envolvidos são ouvidos) foram iniciadas, mas devem ser concluídas apenas no início do próximo ano”, diz a corte.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o prefeito de Saboeiro, Gotardo Martins, pelo telefone celular. Amorim atendeu à ligação. Antes de se identificar, a reportagem perguntou se era o prefeito. Diante da negativa, o Blog Política perguntou quem estava falando ao que o homem respondeu: “Pessoa dele”.

A chamada, então, foi encerrada. Em nova ligação, o homem afirmou que a ligação não tinha caído, mas sido encerrada. “Eu que desliguei mesmo”. Quando revelou ser Amorim, foi convidado a dar entrevista, mas disse que, para isso, o Blog Política teria que localizar o número de seu telefone, que se recusou a fornecer.

Ainda no celular do prefeito, foram enviadas mensagens. Foram visualizadas e não respondidas. O Blog não conseguiu o número do próprio Amorim.

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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