O deputado federal cearense Heitor Freire (PSL) não apenas propôs a criação da Secretaria Especial de Desesquerdização da Administração Pública Federal. Ele também sugeriu quem pode assumir o posto: ele próprio.

Em seu projeto de indicação, Heitor escreve: “Nesta oportunidade, este soldado se coloca ainda a vossa disposição para assumir tal empreitada, colocando inclusive meu mandato eletivo à disposição do vosso chamado, se preciso for”.

Heitor Freire propôs o órgão e diz que topa assumir

Na justificativa para criar o órgão, Heitor descreve: “Como é público e notório, o nosso país foi palco de assaltos ao longo de mais de duas décadas de governos esquerdistas, especialmente pelo ‘Partido dos Trabalhadores’. Observamos o aparelhamento gradual do Estado realizado por militantes de esquerda e seus sindicalistas. Os danos causados ao Brasil foram imensuráveis, tendo como consequência o rombo escancarado dos cofres públicos para o seu autofinanciamento, jogando o país no caos em todas as áreas, desde a econômica até a nossa juventude, envenenada pelo comunismo e pela famigerada ideologia de gênero’”.

Ele salienta que “nossa vitória” – no caso, dele e de Jair Bolsonaro (PSL) não foi suficiente para “expurgar de forma imediata” as pessoas de esquerda do Governo Federal. “São frequentes as denúncias de todo o país que nos chegam sobre os ‘técnicos’ que mudaram seu discurso, seja para manter de seus cargos na administração pública, seja para pleitear nomeações, objetivando, de maneira camuflada, boicotar o governo por dentro”.

Função

O papel da Secretaria da Desesquerdização seria, então: “Realizar um amplo controle, fiscalização, identificação, mapeamento, monitoramento, com consequente sugestão de exoneração por decisão do presidente da República, de todo aquele agente de esquerda que atue de forma oculta e que continue trazendo danos diretos e indiretos para a sanidade desta nação”.

Para mim é novidade deputado apresentar projeto de indicação propondo criar um órgão e sugerir a si próprio para ocupá-lo.

Embora, sem dúvida, Heitor e o órgão proposto sejam bastante adequados um ao outro.

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Érico Firmo

Colunista de Política e editor do O POVO

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