Foto (Divulgação/Assembleia)

Deputado estadual mais votado do Ceará, o pesselista André Fernandes disse que a redução de 56% dos números de homicídios no Estado no primeiro trimestre deste ano é resultado das políticas do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“O governador Camilo Santana está em qual mandato?”, perguntou o deputado na tribuna da Assembleia Legislativa, quinta-feira passada. “Quinto ano do seu governo, e os homicídios reduziram nos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro.”

Fernandes então cobrou que os colegas de Casa que elogiavam Camilo pela queda nos índices de violência também fizessem referência a Bolsonaro.

“Por que os mesmos deputados que elogiam o governo de Camilo não sobem aqui para fazer um elogio ao governo federal de Jair Messias Bolsonaro?”, questionou.

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Deputado governista, Osmar Baquit (PDT) encarregou-se de responder à provocação.

“O deputado André Fernandes adora esculhambar o governador Camilo Santana, chamando de frouxo. Ele acha que o governador é frouxo”, começou o pedetista. “O Bolsonaro disse que o governador fez um grande papel nessa questão da segurança. Vossa excelência tem uma dissonância.”

Em seguida, Baquit, que já havia acusado Fernandes de apenas marcar presença nas sessões da AL e depois se ausentar, não participando dos debates na Casa, afirmou que o jovem parlamentar era um inconsequente por associar o governo Bolsonaro à redução das mortes no Ceará.

“Vossa excelência dizer que, em 100 dias, a violência do Ceará caiu, fazendo uma ligação com o governo Bolsonaro”, prosseguiu Baquit, “é inconsequente”.

O pedetista continuou: “Vossa excelência não vai ganhar no grito aqui, quem ganha no grito é picolezeiro. Não venha com suas bazucas e revólver pra cá que eu não tenho medo. Não tenho medo dos seus arroubos”.

Fernandes rebateu dizendo que estava aberto para o debate e que o deputado do PDT poderia ir até o gabinete vê-lo trabalhar nas redes sociais. “Quem sabe poderia aprender a fazer uns vídeos”, ironizou.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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