Senador Eduardo Girão (Foto: Divulgação)

Após divulgação de vídeo em que o ex-ministro Sergio Moro (Justiça) afirma que Capitão Wagner (Pros) não liderou motim da Polícia Militar em janeiro passado, o governador Camilo Santana (PT) voltou a responsabilizar o candidato pela paralisação.

“Já que não consegue esconder sua liderança no motim que trouxe pânico ao Ceará este ano”, disse Camilo, “Capitão Wagner usa outras pessoas para falar por ele, como um ex-ministro e o senador bolsonarista do Ceará”.

O petista se referiu ao senador Eduardo Girão (Podemos), coordenador da campanha de Wagner à Prefeitura de Fortaleza que, mais cedo, logo depois da divulgação do depoimento de Moro, foi para o ataque contra Camilo.

Pelas redes sociais, Girão escreveu que “o governador, como se não bastasse o fracasso de sua gestão na segurança e na saúde pública, deixando o Ceará como campeão mundial em mortes por milhão, tenta desesperadamente influenciar com inverdades na disputa eleitoral da capital cearense”.

“O que ele fala tanto é equivocado (e ele sabe disso) que a própria Justiça Eleitoral já proibiu os candidatos a associarem o Capitão Wagner ao motim de 2020”, continuou Girão. “Aliás, nos dias 20 e 21 de fevereiro, nós acompanhamos de perto as negociações entre o Governo do Estado e os policiais militares através de uma comissão do Senado.”

O senador acrescentou: “Em nome da verdade, Wagner esteve sempre à frente para garantir a ordem e tranquilidade em nosso Estado e jamais comandou o motim, como alguns insistem em dizer e caluniar. Fica a pergunta ao governador, que mais parece um militante político em defesa do candidato do grupo político oligárquico que domina o Ceará há décadas: quem faz mesmo a velha e pior política do Ceará? Paz & bem!”

Pelo Twitter, Camilo rebateu as afirmações reiterando papel de liderança de Wagner no motim e prometendo que, “cada vez que tentar esconder a verdade das pessoas, Capitão, virei a público para esclarecer os fatos, em respeito à população cearense. Notícias e imagens estão aí para provar”.

Esse é o primeiro embate mais franco entre Girão e Camilo desde o início da campanha eleitoral, que tem sido marcada pelas disputas entre bloco de Wagner e o de José Sarto (PDT), aliado do prefeito Roberto Cláudio e do ex-presidenciável Ciro Gomes, ambos pedetistas.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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