Após dia conturbado na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) que resultou, nesta quarta-feira, 10, no cancelamento de algumas comissões da Casa, a vereadora Priscila Costa (PSC) defende legitimidade de sua eleição como presidente da Comissão de Direitos Humanos. Segundo a parlamentar, a votação seguiu todos os trâmites do Regimento Interno. Priscila foi eleita com três votos, enquanto Larissa Gaspar obteve dois.
Após a votação, o presidente da Câmara, Antônio Henrique, anulou a eleição, desconsiderando a regularidade do processo de escolha, assumindo, inclusive, que o motivo foi para atender acordos políticos. Segundo assessoria da CMFor, um setor de comissões da Casa não ficou sabendo da troca de parlamentares entre as duas comissões e convocou os vereadores sem levar em consideração o acordo oficial de permuta.
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Em sua defesa, Priscila afirma que a troca de parlamentares era desconhecida por ela e que o vereador Fábio Rubens (PSB), no momento da votação, ainda era membro da Comissão de Direitos Humanos. Em nota, a vereadora apresenta a publicação da nomeação dos membros da Comissão publicada no Diário Oficial do Município, a convocação de todos os vereadores pra eleição e a lista de presença. Em todos esses documentos consta o nome do vereador Fábio Rubens, não do vereador José Freire.
Segundo Priscila, a justificativa do vereador Antônio Henrique ainda não foi comprovada por nenhum documento oficial. Em nota, a vereadora de oposição afirma que “buscará todas as medidas cabíveis para que se cumpra a legislação”.