Caminho das ÍndiasDesde criança Sai Baba tem realizado seus milagres, desafiando as leis físicas e a razão humana. Eles vão desde materializações de objetos, frutas, óleos, livros, alimentos em pequenas ou grandes quantidades, joias, de todos os tipos. Na verdade, o que Sai Baba entende criar, ele cria, pois seus milagres fluem com extrema naturalidade. De acordo com o escritor americano John Hislop, autor do livro “Meu Baba e Eu”, que morou na Índia por muito tempo no ashram de Sai Baba e O acompanhava no dia-a-dia nas suas andanças, Sai Baba, o Avatar desta Era de Aquário, tem feito um sem número de curas milagrosas em todos os tipos de doenças, chegando até a ressuscitar pessoas da morte. Sábios, teólogos, parapsicólogos, cientistas de toda ordem, ao estudar o fenômeno Sai Baba, só chegam a uma conclusão: que o Bhagavan Sri Sathya Sai Baba é divino.

Edilson Siridó

[Siridó, Edilson. O Caminho das Índias é por aqui. Fortaleza: Premius, 2009, p. 61].

Poucas vezes na minha vida me deparei com alguém tão afeiçoado ao seu Mestre quanto o meu conterrâneo Edilson Siridó. Quanto a esse aspecto, devo dizer que tanto o admiro quanto o invejo. Quando ele fala de Sai Baba, é como se a devoção transpirasse por todos os poros. Dele se pode dizer, sem medo de incorrer em equívoco, que se entregou incondicionalmente à devoção ao Mestre. Em contrapartida, tem sido agraciado diversas vezes com as bênçãos e proteção do Mestre. E o que mais pode desejar alguém, neste vale de lágrimas em que os percalços e incertezas são tantas, do que poder contar com o amor incondicional de um Mestre que sempre responde às suas demandas nos momentos de desolação e angústia? 

Pois bem, Edilson Siridó torna público agora em livro – o que,aliás, já fizera antes em numerosos textos publicados em jornais -, sua devoção a Bhagavan Sri Sathya Sai Baba. Depois de ler O caminho das Índias é por aqui, não resta nenhuma dúvida de que a obra é uma declaração de amor e devoção ao seu Mestre, a quem, aliás, foi entregue um exemplar.

Não se pense, porém, que o autor se restrinja a falar de Sai Baba. Ao longo dos quarenta textos que compõem o livro, Edilson Siridó aborda os mais diversos assuntos, sem nunca descuidar de suas origens cristãs, aspecto este já saliente na Apresentação, quando o autor escreve: “Na minha infância, ouvi, muitas vezes, minha mãe dizer: Meu filho, quando se acaba a terra de Deus, vem a de Nossa Senhora” (p. 11). A perspectiva cristã é igualmente patenteada no texto que abre o livro, intitulado Sabedoria – A suprema joia, no qual o autor entremeia palavras de Cristo, da Bíblia e de sai Baba. Esta é uma outra peculiaridade do livro, impossível de deixar de ser notada pelo leitor: o encontro que Siridó estabelece entre os dois grandes mestres, Jesus Cristo e Sai Baba. 

Edilson Siridó, nascido em Massapê, Ceará, é advogado, engenheiro, comunicador, escritor e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Edilson SiridóColaborou com publicações de artigos nas revistas Catatau e Factual e no jornal O Noroeste. Atualmente, mantém uma coluna no jornal A Folha, intitulada O Canto da Espiritualidade, além de ser colaborador dos jornais O Popular e Liberal.

Para concluir, deixo aos leitores um belo trecho do livro, no qual o autor discorre com propriedade sobre a devoção: “Se você prestar bem atenção verá que sua caminhada devocional começa de você para o outro e para mais outro, até atingir a todos, o universal que é Deus, o Absoluto – para a unidade cósmica, para o entendimento de que tudo é um! Diante das dificuldades de percurso não desanime, há um socorro para você; pronuncie o nome de Deus. Clame pelo Senhor que está em seu coração que Ele o segurará. A nossa devoção não deve ser abalada por nada. Ao devoto fiel, Deus não despreza. Deus é sempre presente, ajudando e amando a todos com o amor de mil mães, como diz Sai Baba. O seu amor nos livra de todos os males. Que coisa maravilhosa ser amado por Deus” (p. 123).

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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