No Novo Testamento, o mistério foi revelado em toda a sua luz.
Às margens do Jordão, por exemplo, enquanto Jesus – batizado por João, saía da água, abrem-se os céus: o Espírito Santo desce sobre ele em forma de uma pomba e o Pai faz ouvir a sua voz: “Este é o meu Filho querido, no qual pus as minhas complacências”(Mt 3,17). A mesma voz ressoou no Tabor, após a Transfiguração.
Mas o grande revelador da Trindade foi Nosso Senhor Jesus Cristo. De fato, toda a pregação do Mestre é uma afirmação do mistério trinitário. Jesus fala continuamente no Pai que o enviou à terra. Continuamente declara ser o Filho de Deus, e o confirma com milagres. Repetidas vezes promete aos Apóstolos o Espírito Santo, que deverá completar a sua obra. Enfim, antes da Ascensão, promulgando a lei do magistério e do batismo, ordena expressamente aos Apóstolos: “Ide e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28,19).
Luís Chiappetta
[Chiappeta, Luís. Jesus, meu Mestre. 1º volume: A Fé. 1ª. ed. São Paulo: Paulinas, 1960, p. 43.]