A rabeca encantada de Violina. Pois. Gostei logo, encanto ligeiro, do nome Violina. Para mim, menino de qualquer tempo e lugar, ouvi música que faz mexer, invencionices e fantasiações. Uma menina com nome Violina e que toca uma rabeca encantada? Corri para ler. Curiosidade de quem quer imaginar. E fui encantado pela história de quem tocando rabeca, faz a vida mudar de cor e até galinha voltar a botar ovo… Não vou contar o resto da brincadeira da estreante Adriana Alcântara. Quem quiser ser de bem, trocar uma tristeza por uma alegria, corra e se encante.

Demitri Túlio

[Apresentação do livro A rabeca encantada de Violina, de Adriana Alcântara. Fortaleza: Edição do Autor, 2010.]

Imagine um instrumento que tem o encanto de transformar tudo à sua volta pela magia de seus acordes. Pois tal instrumento existe, é uma rabeca e há muito tempo faz ecoar suas notas lá pelas bandas da Serra da Ibiapaba. Quem descobriu a existência dessa rabeca foi uma certa Adriana Alcântara, que, sendo ibiapabana, se encantara muitas vezes com as notas emanadas da melodiosa rabeca. Esse segredo ela mantinha guardado a sete chaves. Foi então que apareceu na sua vida um certo João, que, sem maiores esforços, levou Adriana a revelar o segredo há tanto tempo oculto no fundo de uma gaveta. Por aí se pode ver do que um filho é capaz…

Pois bem, o segredo foi trazido a lume no último domingo. Para sua revelação Adriana escolheu um lugar muito especial. Foi em meio a muitas crianças e brinquedos, na Praça verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que ela fez o lançamento do livro infantil A rabeca encantada de Violina, onde o tal segredo é contado. Para se ter uma ideia do que é capaz a rabeca de que fala Adriana, basta ler o seguinte trecho do livro: “E a rabeca de violina não é uma rabeca comum: é encantada. Quando ela toca as coisas ruins ficam boas, as boas ficam melhores e as melhores ficam boas demais. Imagine que coisa interessante!”

Adriana Alcântara, a autora, nasceu em Ubajara, na Serra da Ibiapaba, no interior do Ceará. É mãe de João, que desde  muito

Ramon e Adriana

 pequeno, antes mesmo de aprender as primeiras letras, se encanta com as cores e as histórias que encontra nos livros infantis, por meio das leituras feitas por sua mãe. A paixão por histórias infantis não é nova na vida de Adriana. “A rabeca encantada de Violina”, por exemplo, é uma história que estava na gaveta, pronta para ser apresentada aos pequenos leitores.

Ramon Cavalcante, o ilustrador, gosta mesmo é de desenhar histórias em quadrinhos, mas ficou bem feliz com o convite para fazer os desenhos do livro “A rabeca encantada de Violina”. Desde criança, Ramon já esboçava em seus cadernos a paixão pelo desenho. Os rabiscos foram criando formas e hoje ele sabe que quer viver disso. É o primeiro livro infantil que ilustra, mas com certeza não será o último.

Por fim, conforme sugeriu o apresentador do livro, Demitri Túlio, “Quem quiser ser de bem, trocar uma tristeza por uma alegria”, basta ler e se maravilhar com a beleza e sensibilidade expressas nas páginas de A rabeca encantada de Violina.

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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