Graças a esta fé, a Igreja conheceu uma crescente expansão, apesar das perseguições. E a fé progressivamente foi cristianizando o mundo antigo. E mesmo que mais tarde tenha aparecido a ameaça do arianismo, a verdadeira fé em Cristo, Deus-Homem, segundo a confissão de Pedro em Cesareia de Filipe, não cessou de ser o centro da vida, do testemunho, do culto e da liturgia. Poder-se-ia falar de uma concentração cristológica do Cristianismo, que ocorreu já desde o início.
Isto se refere, antes de tudo, à fé e diz respeito à tradição viva da Igreja. Uma expressão peculiar da mesma se dá no culto mariano e na mariologia: “Foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem” (Credo). A marianidade e a mariologia da Igreja não são senão outro aspecto da mencionada concentração cristológica.
Sua Santidade João Paulo II
[João Paulo II, Papa. Cruzando o limiar da esperança: Depoimentos de João Paulo II a Vittorio Messori. Tradução Antônio Angonese e Ephraim Ferreira Alves. – Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994, p. 58]