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09. Efemérides: acontecimentos, lugares e pessoas

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Vasco Arruda

A Universidade Sem Fronteiras está com inscrições abertas para o curso livre “Freud, Jung e a Religião”, que será ministrado pelo prof. Carlo Tursi.
O curso abordará as respectivas compreensões do fenômeno religioso dos seguintes mestres da Psicanálise:
Sigmund Freud
Carl Gustav Jung
Alfred Adler
Viktor Frankl
Erich Fromm
É uma ótima oportunidade para quem quer se iniciar numa abordagem do fenômeno religioso sob a perspectiva da psicologia e da psicanálise. Além do atrativo da temática que será abordada, vale mencionar também as peculiaridades comuns aos cursos ministrados pelo prof. Carlo Tursi, detentor de uma metodologia muito particular, caracterizada especialmente pelo entusiasmo e diversidade de informações comuns às suas aulas. Vale a pena conferir!

Seguem, abaixo, informações sobre o curso.
Período: março a junho/2011
Início: Dia 14 de março (segunda-feira)
Horário: 19:00 h
Local: Universidade Sem Fronteiras
Inscrições: 3224.0909

Vasco Arruda

Como parte das comemorações dos 83 anos do Jornal O POVO, ocorrida no dia 7 deste mês, um grupo de mais de sessenta funcionários dessa empresa jornalística se reuniu na Praçã do Ferreira, local onde foi gestada a ideia de sua criação, para a realização de um flash mob. Iniciando-se com uma distribuição de jornais, a ação teve prosseguimento com a execução de algumas coreografias que surpreenderam os transeuntes. A seguir, em meio a uma chuva de papel picado, foi descerrado do alto do edifício Severiano Roibeiro um banner de 15 metros parabenizando o jornal pelo aniversário.

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Vasco Arruda

Ela emergiu do mundo dos judeus da Europa Oriental, um mundo de homens santos e milagres que já havia experimentado seus primeiros anúncios de danação. Trouxe a ardente vocação religiosa daquela sociedade agonizante para um novo mundo, um mundo em que Deus estava morto. Como Kafka, ela se desesperou; mas, à diferença de Kafka, acabou, de modo atormentado, bracejando em busca do Deus que a abandonara. Narrou sua busca em termos que, como os de Kafka, apontavam necessariamente para o mundo que ela deixara para trás, descrevendo a alma de uma mística judaica que sabe que Deus está morto, mas que, no tipo de paradoxo que perpassa toda a sua obra, está determinada a encontrá-Lo mesmo assim.
A alma exposta em sua obra é a alma de uma mulher só, mas dentro dela encontramos toda a gama da experiência humana. Eis por que Clarice Lispector já foi descrita como quase tudo: nativa e estrangeira, judia e cristã, bruxa e santa, homem e lésbica, criança e adulta, animal e pessoa, mulher e dona de casa. Por ter descrito tanto de sua experiência íntima, ela podia ser convincentemente tudo para todo mundo, venerada por aqueles que encontravam em seu gênio expressivo um espelho da própria alma. Como ela disse, “eu sou vós mesmos”.
Benjamin Moser
[Moser, Benjamin. Clarice, uma biografia. Tradução de José Geraldo Couto. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p. 16.]