O placar construído no Castelão, na primeira rodada da Copa do Nordeste, se deu em função do talento ofensivo tricolor. O time tem produzido bastante do meio-campo para frente desde o início da temporada. Raro são os jogos em que a equipe não marcou pelo menos três gols e a escalação de Eduardo e Anselmo  juntos no ataque, neste sábado, se mostrou um acerto de Flávio Araújo. Elias, sacado inicialmente, acabou atuando quase o tempo todo, depois de contusão de Daniel Sobralense.

O River foi o adversário mais complicado do ano, mas ainda assim mostrou fragilidades defensivas fundamentais, além de ter um pênalti mal marcado, já que Paulo Paraíba nem tocou em Núbio Flávio quando a partida estava 1×0. A arbitragem, entretanto, não teve responsabilidade na vitória do Fortaleza.

Mas os primeiros 20 minutos foram muito ruins para o time da casa. Uma equipe desatenta, perdida, errando passes na intermediária, com erros individuais e coletivos que poderiam ter comprometido o resultado.  Com bem disse o capitão Corrêa depois da peleja, não ter saído atrás do placar foi uma surpresa pelas circunstâncias.

No segundo tempo o Fortaleza melhorou o posicionamento, mas a lição do início do jogo é mais importante  para o decorrer do ano do que os três gols anotados por Eduardo, Anselmo e Pio. A defesa é o foco a ser corrigido, mas a melhora depende de recomposição geral de time todo, que funcionou mal.

Destaques individuais do Fortaleza: Éverton, Corrêa, Anselmo e Eduardo.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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