Lisca salvou o Ceará do rebaixamento à Série C em 2015. Foto: Rodrigo Carvalho/O Povo.

O nome de Lisca “Doido” certamente não é unanimidade entre os torcedores do Ceará, apesar do que o treinador já fez pelo clube. Mas fato é que o “milagre” operado em 2015, salvando o Alvinegro do rebaixamento à Série C, foi histórico, e um dos motivos que levou o clube a escolhê-lo como substituto de Jorginho, que pediu pra sair.

Além disso, o perfil de Lisca pesou. Pelo estilo explosivo, enérgico e motivador, ele é visto como o único que pode dar um “choque de confiança” no atual elenco, que passa por uma crise de motivação sem precedentes em reflexo dos 11 jogos sem vitórias e da péssima campanha no Brasileirão (três empates e seis derrotas em nove jogos).

Ele deve chegar e “fechar a casinha”, blindando o elenco, como fez há três anos.

Sua saída do clube em 2016 também ocorreu de forma cordial, em que a relação com a diretoria alvinegra se manteve boa. Outro fator que também agilizou o acerto. Questionado pelo presidente Robinson de Castro se aceitaria o desafio, Lisca não titubeou. Afinal, já havia rejeitado propostas das Séries B e C esperando a procura de algum time da Série A.

A atual gestão (a mesma de 2015) acredita que o gaúcho de 45 anos será capaz de fazer o raio cair duas vezes no mesmo lugar.

Mas mais que discursos de motivação, Lisca vai precisar de reforços. A necessidade de qualificação do elenco Alvinegro é latente e se novos jogadores não chegarem para assumir a titularidade e propiciar material humano para se alcançar o objetivo, será difícil imaginar que o desfecho de 2018 será feliz como o de 2015.

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André Almeida

É jornalista, repórter do Jornal O POVO e comentarista do Futebol do Povo. Análise baseada em fatos, estatísticas, scouts, números, esquemas e comportamentos táticos. Futebol é isso.

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