Ciro Gomes. (Foto: Fabio Lima/ O POVO)

O candidato derrotado à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), disse, em entrevista concedida ao Valor Econômico, que ainda não conversou com o também derrotado Fernando Haddad (PT) após a eleição. Esta foi a primeira entrevista de Ciro após cirurgia na próstata à qual foi submetido.

Questionado sobre a relação com o petista, disse ser “excelente”, apesar de não saber se restaram ou não mágoas no petista em razão do comportamento pouco participativo na campanha do segundo turno. “Não misturo pessoalidades com meus adversários, todos eu cumprimento.”.

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Em seguida, mencionou entrevista à Folha de S. Paulo em que o petista “falando de mim toda hora”. “Desse jeito, ele tem de me esquecer. Ou me esquece, ou me convida pra jantar!”.

Na entrevista referida, a primeira depois da derrota, Haddad fala que Ciro não soube fazer a coalizão com o PT, vista por ele como a única que o levaria à vitória.

O ex-ministro da Educação disse que o filósofo Mangabeira Unger, um dos mentores intelectuais do ex-governador do Ceará, afirmou que Ciro não poderia dar continuidade ao lulismo,  nem receber o “bastão” do ex-presidente. Na conversa, Haddad também diz que o PDT é um partido de esquerda, “pero no mucho”.

Sobre o futuro do PT, Ciro projetou que, enquanto a “grande tese” for a campanha Lula Livre, a sigla irá definhar. Entretanto, ressaltou que é um partido importante, que tem base.

Bolsonaro

Ainda na conversa com o Valor Econômico, o pedetista disse que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), não representa uma ruptura democrática. Avaliou este argumento como incitação petista ao terror. Apesar disso, não amenizou o tom ao falar do militar. “Eu o considero, como já falei na campanha, uma cédula de 3 reais. Ele é qualquer coisa e é nada”.

 

 

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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