Finda-se o ano e um novo começa. Com ele brota a expectativa de mudança, de uma nova fase prestes a iniciar. Procura-se da melhor forma celebrar a passagem de um ano ao outro.
As simpatias que prometem realizações e preconizam felicidade e fortuna se multiplica por ocasião da época. Lentilhas e pulinhos não faltam às receitas mágicas.
Astrólogos, numerólogos e tantos outros adeptos de seitas e religiões animísticas têm destaque especial na programação de TV. Os oráculos versam sobre o futuro da política, de seleções, economia,celebridades e até de possíveis catástrofes naturais.
O homem pós moderno que se mostra crítico a religiões tradicionais volta no tempo e como seus ancestrais primitivos consulta os astros na espera que estes lhes dê o rumo a ser trilhado no novo período que se inicia.
Acreditam que planetas, satélites, números e cores influenciam em sua vida. Atam-se a superstições e confiam piamente no resultado das simpatias. Disso tudo só podemos extrair de bom o desejo e a capacidade que existe no ser humano de transcender.
Lentilhas e Pulinhos em nada ajudarão a construir um futuro melhor no ano vindouro. Devia-se ser incentivados a responsabilidade, a criatividade e o empreendedorismo ao lado do crescimento ético e solidário ao invés de se gastar tempo apelando para quem não pode ajudar.
Dar vida a entidades e a seres inanimados como planetas, objetos retrata o estágio mítico do ser humano, um contraste com evolução e o conhecimento adquiridos a cerca do conhecimento de Deus.
A questão se agrava se as práticas supersticiosas são realizadas por católicos, pessoas devotas que possuem vida ativa na igreja e na pastoral. É algo inconcebível. Lembra-se a o ensinamento de Jesus que, “não podemos servir a dois senhores”.
Diante de um Deus que se fez homem e habitou no meio de nós não podemos trocar o depositário de nossa esperança para seres que não tem vida, na escala da criação inferior à nossa condição.
Na hora de criticar a Igreja todo o mundo é agnóstico, mas nessas horas todos viram crente.
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