Hoje é primeiro de maio, dia do trabalho e do trabalhador consequentemente. E gostaria de reiterar a pergunta do títula desta postagem, a prostituição é um trabalho digno. Até pareço já escutar em coro a turma do #tudopode dizer, claro,todo trabalho que fazemos com honestidade é digno

Como se diz por aqui no Ceará, calma com o andor, que o santo é de barro. Essa premissa é insustentável para defender a prostituição como um trabalho digno. Senão teria que legitimar também o aviãozeiro,peça fundamental no tráfico de drogas e que acredita que esteja trabalhando e, tudo bem, tanto num caso quanto no outro existe o trabalho. A pergunta, entando, é outra: Tal trabalho é digno?

Sim, somos humanos, até que se prove o contrário e possuimos uma dignidade. E tudo que se refira à nossa condição precisa possuir uma dignidade à altura de nosso status. Há quem piamente defenda que existam mulheres que nasceram para ser prostitutas, inclusive, políticos como Fernando Gabeira (PV) que engrendou um projeto de lei que visa a profissionalização da prostituição. Ela já se encontra na CBO (Classificação Brasileira de Ocupação).

A rentabilidade desta prática não pode cegar o estado a ponto de pretenderem legitimá-lo como um trabalho digno. As pessoas que se prostituem são as primeiras a dizerem que estão na situação por necessidade. São de acordo que não é uma vida fácil ou ainda que não são predestinadas a esse ‘serviço’ à sociedade.

A verdade é que existem muitos que lucram com o mercado do sexo e tem interesse que a prática saia dos porões da moralidade ética. Alegam que seriam vantagem para quem pratica a prostituição, pois possuíriam direitos e deveres trabalhistas. Ainda afirmam que se acabaria com a exploração sexual e tráfico de pessoas. Tudo balela. Legalizar o ilícito não é saída para se resolver problema algum, é o mesmo que estão querendo fazer com a maconha, no Brasil, com a pedofilia, na Holanda. Ideias repugnantes que visam o faturamento em detrimento da dignidade da pessoa.

Por outro lado alguns enaltecem a prostituição como algo aceitável. Querem criar o clima de moulin rouge nas esquinas das grandes metrópoles. Não existe magia na prostituição dos corpos, o que há é uma violência que fica ritimada pelo vício, contudo, não menos sofrível.

Prostituir-se não gera felicidade

O exercício da prostituição é um ato subhumano ainda que a pessoa atenda a poderosos e em mansões de luxo. Retirá-las dessa ocupação seria bem mais oneroso e trabalhoso para o estado. Legitimá-lo, contudo, é inaceitável.

Pensar na prostituição como trabalho digno é construir uma sociedade desvairada de valores onde muito em breve numa conversa familiar, uma cirança ao ser indagada por sua mãe sobre qual seu desejo de ser quando crescer ouvir: prostituta, mamãe.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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