Apesar do blog ter como característica a opinião expressa de seu titular, sempre busquei redigir os textos mantendo a terceira pessoa, muito pelo gosto à notícia e a busca pela imparcialidade. Mas neste pôst peço licença aos leitores para escrever tudo na primeira pessoa e desculpem-me se a utilização do pronomome “eu” ultrapassar os limites, quero apenas registrar o meu espanto e inquietação diante da cena que vi e abordo nos próximos parágrafos.
Era por volta de umas 23h e no retorno para casa peguei um ônibus repleto de adolescentes e alguns jovens. O transporte público apesar de não ser um dos melhores serviços – pelo menos aqui em Fortaleza – oferece ótimo material humano de situações e personagens que se tornam excelentes laboratórios para quem escreve.
Retornando aos adolescentes e jovens daqueles ônibus. Lembram daquela cena do filme A Paixão , de Mel Gibson, no qual algumas crianças correm atrás de Judas, infernizando-o?Este recurso, aliás, de utilizar crianças demonizadas é bastante recorrente nos filmes de terror e suspense. Pois bem, é esta a imagem que associo aos daqueles jovens que vi no coletivo.
Eu fiquei chocado, não por imaturidade de pensar que eu não seria capaz de fazer o que eles faziam, mas,muito por constatar o atual retrato da sociedade nesta faixa etária. Eram meninos e meninas, desfigurados de si mesmos. Completa confusão no vestuário, nas maquiagens, nas posturas. Amontoavam-se uns sobre os outros sem nenhum pudor. Beijavam-se na boca simultaneamente sem distinção de sexo.
Sempre nestes grupos existem os maiores, alguns aproveitadores. Neste, o mais adulto, ao menos em idade cronológica, revestia-se de uma idumentária dark como chamam. O preto predominava nas roupas, olhos e na alma. A garrafa de bebida, passada de mão em mão, boca em boca esvaziava-se c0mo o sentido de vida daqueles jovens em completa situação de risco.
A galhofa burburinhava no coletivo. Os gritos chamavam a atenção, para mim, apelos de socorro. Na ocasião, imaginava o grau de desestrutura das famílias às quais pertenciam aquelas pessoas e no pernicioso mal que ronda as tribos urbanas, consideradas por alguns estudiosos sadias agolemrações juvenis, isto, talvez, porque não tenham filhos envolvidos em tais grupos.
Emos, Darks, satanistas e algumas outras tribos não trazem contribuição alguma para a juventude, ao contrário, forjam pessoas melindrosas, apáticas à responsabilidade e ao sentido da vida. Liberdade torna-se sinônimo de libertinagem e mal lhes sobrevêm os reveses da vida não sabem como se comportar, alguns chegam ao extremo do desespero e suicidam-se, tamanha é a incapacidade de lidar com a situação adversa.
Fiquei mal ao ver aquela cena e espero muito que fique assim o leitor que se depare com estas linhas. Afinal, quando somos impactados podemos tomar alguma decisão, fazer algo, se envolver efetivamente. Nossa juventude acendeu o sinal de alerta e quem poderá socorrê-los senão nós, os considerados adultos. Ou teremos a atitude de Judas? Beijamos nossos jovens, dizemos que são o futuro disso e daquilo e no final os traímos com nossa indiferença.
Meu amigo Vanderlúcio, você sabe que partilho 100% da sua indignação e escândalo. Não sei nem o que dizer diante de tamanha aberração. Isso longe está de ser uma exceção, é a triste regra da nossa juventude fortalezense, só para citar o que está diante dos nossos olhos, porque é claro que o triste quadro não se restringe ao nosso pequeno mundo cearense.
Os poderes públicos não só não agem mas INCENTIVAM a promiscuidade! Nós cristãos somos taxados de fanáticos e retrógrados e, enquanto isso, nossos queridos e amados jovens são destruídos. Só um louco não percebe, daí você tira o grau de insanidade de nossa sociedade cega!
Parabéns pelo artigo.
Isso é uma realidade nos dias de hoje, e a tedencia é piorar, maioria desses jovens vão para esses encontros, devido a falta de amor, carinhos.. PAIS que só pensam em trabalho, dinheiro e deixam de lado o Amor com os filhos. A familia é a base estrutural para crescimento dos jovens. Como diz o dito ” é preciso educar as crianças para não punir os jovens de amanhã.. PUNIR como educar, ensinar os caminhos para uma vida melhor.. Muito bom o post e interessante.