Lutaram tanto pela plena secularização da Europa, como se isso levasse ao limiar da racionalidade e com o tempo fizesse desaparecer o sentimento religioso. Parece que descobriram agora que o resultado do esforço intelectual para “matar o cristianismo” só fez abrir espaço para que o alistamento de jovens acontecesse num exército muito mais radical do que o “exército” cristão.
Aumenta o número de europeus que se alistam na Jihad.
Ninguém mata o sentimento religioso; no máximo ele será substituído por algum existencialismo ou outro tipo de fé. Os intelectuais herdeiros do iluminismo conduziram a Europa a um novo momento de luz e trevas.
Atualmente, as pessoas do continente tem todo conhecimento ao seu dispor e uma porta escancarada para o mundo do crime e do terror. Foi o secularismo europeu que criou a oportunidade para que jovens achassem a jihad uma ótima causa diante do vazio existencial. E o cristianismo não pode ocupar esse espaço enquanto permanecer dentro da gaiola intelectual em que foi preso naquela Europa secular.
Cristiano Oliveira
