Quando se é para chamar  atenção, atrair holofotes o caminho mais promissor é destacar a religião, se for a cristã, é como acertar na loteria. Tem sido assim com celebridades pop, programas de humor na TV aberta e nos canais de alguns youtubers . No Carnaval não poderia ser diferente.

Cena que incomodou os cristãos.

O enredo era sobre o surgimento do tabaco a partir de uma lenda árabe, mas a mensagem passada na avenida foi uma fictícia vitória de Satanás sobre Jesus. Uma dramatização que atinge o sentimento religioso de milhões de brasileiros, mas nada de anormal para a crítica e os promotores da festa.

Em um desfile onde tudo se é pensado nos mínimos detalhes e  ao longo de vários meses, só uma pessoa muito sem inteligência para acreditar que aquele homem coroado de espinhos, cabelos longos, apenas os quadris cobertos, caído sob o tridente de “Satanás “, na verdade não é Jesus, mas Antão, santo dos primeiros séculos cuja representações icônicas giram em torno de um senhor de semblante austero e sempre vestido de túnica.

É óbvio ululante que ao ver a deplorável cena dramatizada  na avenida,  a mensagem que fica é a da derrota de Cristo por Satanás.  A pergunta que fica, qual a intenção da Escola Gaviões da Fiel com tal mensagem?

Os críticos, comentaristas certamente acharam lindo, um luxo, nenhum comentário para salvaguardar o mínimo de decoro ao espírito cristão . Já pensou se ao invés de Cristo tivéssemos  uma entidade de matriz africana ou oriental sofrendo derrota em uma encenação na avenida? Certamente a Escola já estaria sendo penalizada, mas como é apenas uma afronta ao sentimento religioso cristão, segue a bateria sambando na cara de milhões de brasileiros .

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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