scrapsweb_bebes-404626O Ministério da Saúde deverá reforçar, a partir de 2010, o controle sobre o nascimento de bebês com malformações congênitas. Relatório realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a pedido do Ministério, apontou que o País registrou ao menos três casos suspeitos de nascimentos de bebês com malformações provocadas pelo uso da talidomida, dois no Nordeste e um no Rio de Janeiro.

A pesquisa, concluída em novembro de 2008, usou dados de 33 hospitais de 14 estados, o que representa cerca de 3% do total de nascimentos do País. Segundo a médica geneticista Lavínia Schüler-Faccini, professora da UFRGS e autora do relatório, não é possível confirmar que os nascimentos tenham sido provocados pelo uso da talidomida, pois as mães não se recordam de terem usado o medicamento na gestação. “Mas todas as outras possibilidades genéticas para o problema foram descartadas. E as malformações são compatíveis com o uso da talidomida”, diz.

A geneticista afirma que o relatório é um projeto piloto e que a ideia é intensificar a vigilância dos nascimentos a partir de janeiro, em pelo menos um hospital de cada capital, em especial nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde a hanseníase é mais prevalente, uma vez que a talidomida é usada no tratamento da doença. “Vamos nos reunir com o Ministério da Saúde e treinar as equipes nas próximas semanas. Não podemos aceitar mais nenhum nascimento de criança com malformação por causa da talidomida. É um problema que tem como ser evitado”, afirma.

Fonte: Folha de São Paulo (SP), Gazeta do Povo (PR), Zero Hora (RS), O Estado (CE)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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