O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou no último dia 21 de outubro, no Rio de Janeiro, a nova regulamentação do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que passa a vigorar a partir de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU).

Com as mudanças, crianças e adolescentes com menos de 18 anos passam a ter prioridade para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. No caso específico dos rins, eles poderão ingressar na lista de transplantes antes mesmo de entrar na fase terminal da doença renal ou de ter indicação para diálise.

De acordo com o ministro, as crianças são uma porcentagem muito pequena dos pacientes à espera de um transplante. “No caso de fígado, por exemplo, não chegam a um quarto, e terá pouca repercussão no número global”, disse. Segundo ele, a medida tem um custo pequeno e, em tese, beneficia pessoas que tem uma maior perspectiva de vida produtiva e futura pela frente.

doacaoO impacto da implementação da nova legislação, que inclui aumento nos valores pagos pelo SUS a procedimentos ligados a transplantes, será de R$ 24,1 milhões no orçamento do Ministério até o final do ano que vem.

Fico pensando no ato maior da doação. Para os cistãos, salvar a vida de uma outra pessoa com a sua. Sim, porque a morte não é o fim, mas um recomeço. E nada mais justifica essa frase do que o ato de doar.

Uma penas as famílias e as escolas não estarem preparadas para o assunto. Geralmente a mídia não informa todos os procedimentos necessários para que a doação aconteça. Falta ainda uma campanha por parte do Ministério da Saúde que esclareça a importância da doação, os procedimentos antes e depois e os trâmites burocráticos que envolvem a ação.

Falta a escola trabalhar o tema, promover a discussão do assunto e, juntos, sociedade, família e educação, alertarem para um assunto tão delicado e urgente.

Vamos doar!

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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