A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que torna obrigatório que todos os professores do ensino básico tenham diploma universitário e licenciatura.
De acordo com a proposta, a exigência de formação superior valerá para creches e escolas de ensino fundamental, tanto na rede pública quanto na privada. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que estabelece as regras para a educação no país.
A proposta vai agora para o Senado. Hoje, não há exigência de curso superior para quem trabalha na educação infantil ou nos anos iniciais do fundamental (1ª a 4ª séries). Esses docentes precisam ter apenas concluído o ensino médio ou o magistério.
De acordo com o deputado Iran Barbosa (PT-SE), autor do substitutivo, o projeto não traz prazo para adaptação e caso seja aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula, a regra passará a valer assim que for publicada no Diário Oficial da União.
O Ministério da Educação (MEC) elogiou o projeto e prometeu ampliar investimentos para cumpri-lo, mas criticou a exigência do diploma e licenciatura na pré-escola.
O MEC parece esquecer que é na pré-escola que as crianças precisam de mais atenção. O cuidado deveria ser específico, planejado. É nessa fase que as crianças começam a descobrir o coletivo, o grupo, aquilo que os cerca fora da casa materna. Por isso a escola precisa de profissionais especializados sim. Os professores passarão de cuidadores, tias, babás, para profissionais com orientações corretas ajudar na construção dos cidadãos.
Exmo sr. Ministro Fernando Haddad.
E agora?
Eu vou pagar uma faculdade com que dinheiro?
E a isomonia salarial?
Eu nem vou dizer de qual Município(Prefeitura) estou falando!
Só um camentário voltado para o último parágrafo.
Parece que quem planeja projetos no MEC não tem nenhum conhecimento de quem foi Jean Piaget, no tocante a Teoria Cognitiva.
“No estágio sensório-motor, que dura do nascimento até aproximadamente o segundo ano de vida, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos que a rodeiam. Esse estágio é chamado sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas”.
É nessa fase que a criança entra na pré-escola.
Cito: “As principais características observáveis durante essa fase, que vai até os dois anos de idade da criança são:
* a exploração manual e visual do ambiente;
* a experiência obtida com ações, a imitação;
* a inteligência prática (através de ações);
* ações como agarrar, sugar, atirar bater e chutar;
* a coordenação das ações proporcionam o surgimento do pensamento;
* a centralização no próprio corpo;
* a noção de permanência do objeto”.
O MEC realmente esqueceu da pré-escola.
Como ficará o professor da pré-escola?
Acorda MEC.
Falta de conhecimento escolar.
Precisa existir um trabalho de campo.
E o salário?
É isso.
Sem dúvida essa proposta deve ser aprovada, pois é de fundamental importância a preparação mais qualificada dos professores que atuam nas fases inicias da aprendizagem. Muito se engana quem acredita ser simples o processo de transmissão de conhecimentos educacionais, principalmente voltados para crianças que necessitam de uma atenção especial por estarem desenvolvendo seus primeiros conhecimentos cognitivos.