No Enade de 2009, 54 questões, um total de 7%, foram excluídas por falhas nas perguntas ou respostas. O ministro considerou inaceitável o índice de anulações. A margem de tolerância, segundo ele, não deve ultrapassar 3%.
Fonte: O Globo (RJ); Jornal do Commercio (PE); A Crítica (AM)
O principal objetivo do Enade é acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho
acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos curriculares da graduação.
Os resultados poderão produzir dados por instituição de educação superior, categoria administrativa, organização acadêmica, município, estado e região.
Assim, serão constituídos referenciais que permitam a definição de ações voltadas para a melhoria da qualidade dos cursos de graduação, por parte de professores, técnicos e dirigentes.
No entanto, fico pensando até que ponto esses dados são realmente aproveitados para a melhoria da educação superior. Não vemos mudanças significativas nos currículos. Por exemplo, como podem os cursos de licenciatura não incluírem em suas grades disciplinas voltadas para o uso da tecnologia em sala de aula?
Aí quando vemos empilhados vários computadores, culpamos educadores, governos, dirigentes educacionais e esquecemos da formação básica. Ontem mesmo publiquei aqui um post sobre a distribuição de laptops em salas de aulas. Quem usará? Como? Por que?
Temos que pensar a educação na sua base. A sustentação só será possível se pensarmos globalmente. De nada adianta equipar se não tem quem saiba utilizar.
Um exame como o Enade, em minha opinião, se torna inválido quando ainda existem milhões de cursos que não exigem uma monografia para sua conclusão. É difícil pensar em educadores que não conseguem ter uma produção mínima de escrita e leitura. E é na prática que aprendemos mesmo. Uma prova como essa, pode até medir os conhecimentos ainda bancários de nossa educação, mas na prática, torna-se mais uma avaliação sem contexto.