Criança surda que estuda por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) – em meio a professores e colegas também sinalizadores – aprende a ler e a escrever mais cedo e melhor do que aquelas inseridas em salas de aulas regulares.
Trata-se de um dos resultados da pesquisa realizada pelo professor Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2001, ele avaliou 9,2 mil alunos surdos e com dificuldade auditiva, com idade entre 6 e 25 anos.
Os resultados do levantamento estão em concordância com o que reivindica a Federação Nacional de Integração e Educação dos Surdos (Feneis). “Lutamos para que os surdos não sejam enquadrados na categoria da educação especial, e sim na bilíngue.
Queremos Libras como a primeira língua e português como a segunda”, afirma Patrícia Rezende, diretora de Políticas Educacionais da Feneis.
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)
Essa pesquisa demonstra cientificamente o que o bom senso já indica: quem aprende em sua própria língua, em um ambiente linguístico adequado, aprende mais mais, a começar pelo simples fato de que entende o que está sendo dito. No entanto, a equipe de educação especial do MEC não entende assim: ela quer a volta da velha escola especial para surdos, cujo objetivo é oralizar, coisa que não pode ser a principal tarefa da escola. Aqui mesmo em Fortaleza, dezenas de alunos surdos ainda ainda têm seus direitos linguísticos negados pelas escolas (municipais e particulares), pelos fonoaudiólogos e pelas famílias.
Oi Emiliano,
Podemos destacar a existência de uma lei e um decreto que reconhecem a Libras como lingua de instrucaoe comunicaçao dos surdos.
“DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.”
Abraços
Neiva