“Falta compromisso não apenas do Estado, mas de toda sociedade em combater este tipo de prática. A sociedade está sendo muito tolerante; muitas famílias estão desistindo de esperar uma resposta”, disse a coordenadora da Comissão Justiça e Paz (CJP) do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), irmã Henriqueta Cavalcante, sobre a situação do Pará no combate ao tráfico de pessoas.

O desabafo se deu durante audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas no Brasil realizada na Assembleia Legislativa do Pará no mês de agosto. De acordo com o presidente da CPI, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), o Brasil está entre os dez maiores rotas de tráfico de pessoas no mundo. Investigações preliminares realizadas pela comissão mostram que três das principais agências de aliciamento são comandadas hoje por paraenses.

Ilegalidade– Ele explica que de maio do ano passado para cá, quando foi instalada a CPI, muitos casos já foram identificados. “Já registramos diversas situações, que vão desde a exploração sexual; a adoção ilegal de bebês; agenciamento de meninos para o futebol; e de agenciamento de jovens que sonham em ser modelo no exterior. O mais grave é que estas ações se dão sem nenhuma legalidade, muitas destas empresas às vezes só têm site, não possuem CNPJ, o que dificulta a materialização dos crimes”, afirmou.

Fonte: Amazônia Jornal

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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