A professora e estudante de neuropsicopedagogia, Elizete Feliponi, explica em artigo que a partir de 2011, o tema educação sexual será obrigatório nas escolas britânicas.
Puberdade, gravidez e violência sexual, entre outros, serão assuntos trabalhados com crianças de sete anos em diante.
No Brasil, este trabalho ocorre informalmente. Segundo ela, para educar sexualmente, não existe data determinada. O que se faz necessário é despir a cabeça do adulto dos mitos, preconceitos e tabus sobre sexo.
A professora diz que a criança traz muita coisa, é curiosa por natureza e é preciso estar atento para conseguir atender suas necessidades de forma natural, sem precocidade, preconceito, vergonha ou medo.
Fonte: A Notícia (SC), Elizete Feliponi
Antes de um trabalho como esse é preciso que os educadores e pais estejam cientes do tema e da sua importância. É preciso se especializar nesse assunto para abordar o tema com as crianças. Essa fase é a dos por quês e, temos que ter o máximo de cuidado para não continuar com a historinha que a cegonha trouxe a criança e jogou em cima da casa para o papai e a mamãe. Isso não é educar.
Quando a criança crescer e souber discernir as informações pode se perguntar porque os pais fantasiaram o assunto ou mesmo, pensar que ouve mentira em não falar corretamente sobre. Claro que essas crianças não terão aulas de concepção, mas é importante escolher bem o vocabulário e passar as informações de maneira séris e ética.
Será possível isso aqui no Brasil? O que acham os pais e educadores sobre essa obrigatoriedade na Inglaterra?
A vantagem da educação sexual na escola é que professores e alunos podem discutir abertamente o tema utilizando uma linguagem técnica sem entrar na maledicência e em brincadeiras de mal gosto como os jovens fazem quando tratam do assunto entre eles. Aqui no Brasil é possível sim iniciativas como essa, uma vez que a escola tem competência suficiente para isso.