Sem Ricardinho e Fernandinho, poupados;  com Marcos Aurélio e Wescley no meio-campo, Marinho na reserva, Eron na lateral esquerda e Assisinho e William no ataque, o Ceará fez uma péssima estreia na Série B.

A derrota para o Paraná por 1×0 – golaço de Henrique, de letra – pode ser resumida da seguinte forma: não deu nada certo. Além de uma atuação lenta, travada, desarrumada taticamente, sem intensidade e criatividade ofensiva, o time ainda perdeu Luis Carlos e Thiago Cametá por contusão no primeiro tempo, deixando Silas sem querer arriscar uma substituição no intervalo para tentar mudar o quadro que ele ajudou a criar a escalar o time de forma diferente do que vinha fazendo, com Marinho no banco e sem alternativas pelos lados do campo.

Para completar o cenário, individualmente nenhum jogador de linha teve desempenho ao menos mediano. Everton, que assumiu o lugar de Cametá, ainda foi expulso por duas jogadas violentas faltando 10 minutos para o jogo acabar.

É um total absurdo determinar o que vai ocorrer com o Ceará na Série B apenas pelo desempenho no primeiro jogo, mas uma conclusão é certa: será impossível o time voltar a jogar tão mal em algum dos próximos 37 jogos da competição. Foram quatro finalizações na partida toda, duas certas e duas erradas, nenhuma com perigo. O Paraná, que pouco fez, pelo menos mostrou muito mais empenho. alguma organização, apesar de tantos jogadores que atuavam juntos pela primeira vez, e vontade de ganhar o jogo. Conseguiu.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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