No dia em que completava 82 anos, no sábado, o Ferroviário foi goleado pelo Uniclinic por 5×1 e não tem mais chance de voltar a disputar a primeira divisão do campeonato cearense.

Diante do cenário, a diretoria executiva do clube, com exceção do vice-presidente Jeff Peixoto, renunciou. Abandonaram o Ferroviário o presidente Edmilson Alves Júnior e quatro diretores: Vitor Monteiro, futebol; Aderson Maia Júnior, patrimônio; Charles Feitosa, administrativo-financeiro; e Rodger Ranieri, jurídico.

A alegação não foge muito do clichê, ou seja, os dirigentes assumiram a culpa pela situação do Ferroviário, pediram desculpas e disseram seguir na torcida por um momento de paz, tranquilidade e recuperação do clube.

A situação é dramática para um clube tão tradicional, vitorioso, formador de talentos e importante do estado, com uma história marcante. Não há dinheiro, as instalações físicas do clube precisam de reforma urgente. Seus torcedores vão cada vez menos aos estádios e os mais recentes títulos estaduais foram em 1994 e 1995.

Jeff Peixoto, o vice-presidente que foi contra a renúncia neste momento, assume a presidência mas, caso resolva sair depois do fim do estadual da segunda divisão, em duas semanas a partir de então o Conselho tem que preparar as condições para novas eleições.

Há um detalhe fundamental e que merece acompanhamento: a diretoria que renunciou precisa cumprir com os compromissos assumidos para a disputa do campeonato estadual com jogadores, comissão e funcionários.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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