ricardinho

Ainda que esteja abaixo do nível desejado principalmente depois de renovar o contrato – tinha proposta do Vitória – Ricardinho é uma ilha de lucidez técnica no time do Ceará. Não há nenhum atleta hoje no alvinegro com a importância dele. São 10 gols e nove assistências na temporada. O problema é que sozinho ninguém resolve nada, ainda mais quando o adjetivo sozinho não é exagerado.

No jogo contra o Mogi Mirim, por exemplo, Ricardinho falhou defensivamente no primeiro gol da equipe paulista, mas até Rivaldo Junior acertar a cabeçada outros quatro atletas falharam decisivamente. No ataque, percebendo a total falta de condição do time, não estou outra alternativa ao meio-campista se não chutar de onde era possível. Assim, fez os dois gols.

Ao dizer, com o semblante arrasado ainda no Castelão depois do 3×2, que trocaria todas as alegrias que viveu no Ceará pela permanência na Série B o jogador retrata perfeitamente o espírito do atual momento do clube. Pouco menos de três meses atrás o time comemorava seu título mais importante nos seus 101 anos de existência. Beira o inacreditável.

O desabafo de Ricardinho, que não joga nesta terça-feira contra o ABC por estar suspenso, mais do que um pedido de ajuda, é um alerta de urgência diante de uma situação que já virou dramática. “Chegamos no limite do limite, não dá mais para errar”.

Em tempo: dos 11 jogadores que começam a partida contra o ABC apenas três foram titulares no título da Copa do Nordeste, Uillian Correia. Gilvan e Fernandinho. Sintomático.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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