Com Carlão na zaga ao lado de Sandro, João Marcos no meio-campo, Alex Amado e Wescley atuando pelos lados e Rafael Costa centralizado, o Ceará entrou em campo diante do Botafogo jogando melhor do que adversário. E foi assim, taticamente, durante a maior parte da partida.

Diferente do que vinha ocorrendo, o Ceará foi um time calmo. Reteve menos a bola do que o adversário (44%), mas quando a tinha, trocava passes com segurança e conseguia espaços importantes para finalizar, deixando o Botafogo desconfortável com frequência. Alex Amado e Rafael Costa foram fundamentais. No total, o Ceará finalizou 14 vezes, contra 12 do líder da Série B.

Do ponto de vista defensivo, o time também fez um jogo surpreendente. É raro nesta Série B que a equipe deixe o campo sem sofrer gol ou gols. A zaga é extremamente insegura, mas desta vez funcionou bem, ganhando as bolas pelo alto e na antecipação. João Marcos, neste ponto, foi firme, um líder. Mérito de Lisca também.

Sobre o lance do gol do Ceará, não foi pênalti. Alex Amado invadiu a área e se jogou. O árbitro marcou e Rafael Costa bateu muito bem. No primeiro tempo, entretanto, o mesmo Rafael foi claramente derrubado na área, mas o árbitro não viu e, assim, não marcou. Ficou um pelo outro, portanto.

Com 31 jogos, o Ceará está agora com 29 pontos, seis atrás do Macaé, primeiro time fora do Z4. Eles vão se encontrar na rodada final. A missão, ainda muito complicada, é tirar a diferença para chegar com chances no Castelão. A vitória de hoje dá esperança ao torcedor. E com razão. Sábado, contra o Boa, no PV, às 20h, a vitória é obrigatória.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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