De novo o Ceará não se acovardou jogando longe do Castelão. Terminou a partida deste sábado com 53% de posse de bola diante do Paraná, finalizou 12 vezes contra 14 do adversário – equilíbrio nas ações ofensivas, portanto – e fez apenas 12 faltas, retrato de um time que tem aprendido a se portar fora de casa com segurança. E quando o empate (1×1) ocorre nessas condições, com o time procurando a vitória, o recado para o restante da competição é positivo.

É verdade que, defensivamente, mais uma vez a equipe sofreu, tanto por mérito do Paraná como por demérito alvinegro, mas novamente surgiu o melhor jogador do elenco, disparadamente: Éverson. É absolutamente impressionante o que esse rapaz tem feito desde que chegou ao Ceará vindo do Confiança. Um dos grandes acertos recentes da diretoria de futebol e eu não tenho a menor dúvida de que ele está entre os cinco melhores goleiros atuando no país.

Ofensivamente, além do golaço de William Henrique – foi comovente o choro de desabafo do atacante, que vinha de um 2016 bem ruim no Vitória e se tornou a surpresa de Sérgio Soares na escalação – a equipe produziu bem, mas também parou no goleiro do Paraná e nas próprias falhas para não balançar as redes mais vezes.

Com 34 pontos em 18 partidas, o Ceará segue na vice-liderança e baixou um pouco seu aproveitamento geral de 64,7% para 63%, mas os números permanecem bem favoráveis, até porque foram quatro pontos conquistados nos dois jogos mais recentes fora de casa. O time vai terminar o turno no G4 independente do resultado contra o Vasco em um Castelão cheio e já sabe exatamente que caminho fazer no returno.

Tagged in:

, ,

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles