Muito mais do que os números – o Fortaleza está no G-4 da primeira fase da Série C desde a segunda rodada e atualmente é o terceiro colocado com 23 pontos – foi o baixo rendimento em campo com Paulo Bonamigo que provocou a saída do treinador do Tricolor após a derrota para o Sampaio Corrêa por 2 a 0, sábado passado, em São Luis.

Restando apenas três rodadas para o Fortaleza saber se estará no mata-mata da competição ou não, a diretoria não via mais como o time evoluir. Bonamigo também estava frustrado e já não fazia mais questão de permanecer. Assim, a decisão da ruptura foi comunicada no domingo pela manhã e ganhou apoio dos torcedores nas redes sociais.

A aposta agora é que um novo nome possa dar rápida motivação a um elenco caro para a competição – a folha gira em torno de R$ 700 mil – e que tem mostrado um custo benefício bem abaixo do esperado em razão do investido. Além disso, um novo treinador pode apresentar soluções táticas emergenciais para tentar driblar a falta de criatividade, combatividade e lentidão de uma equipe que tem atuado mal especialmente no segundo turno. O elenco teve muitos problemas na montagem – isso é evidente – mas não pode deixar de ser responsabilizado pelo momento ruim em campo, tanto quanto as diretorias – anterior e atual.

Bonamigo chegou ao Fortaleza para a sua segunda passagem como treinador – a primeira foi em 2007, com título estadual – para substituir Marquinhos Santos, que já havia entrado na vaga de Hemerson Maria, tudo em 2017. Ele deixa o clube com aproveitamento de 51% dos pontos, fruto de seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Os 15 jogos foram na Série C.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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