FOTO: Felipe Couri/tupifc.esp.br

O Fortaleza vai disputar a Série B em 2018. E foi com drama.

Após oito anos na Série C, a equipe conseguiu finalmente a redenção. Está livre da Série C e tem a oportunidade de começar uma nova história, já resgatado da Terceira Divisão após perder para o Tupi por 1 a 0, neste sábado. No agregado, 2 a 1, já que a ida terminou com vitória do Leão por 2 a 0.

Neste período foram temporadas de bastante sofrimento, quase rebaixamento para a quarta divisão e insucessos desde 2012 em jogos decisivos, quando o regulamento registrou a necessidade do mata-mata.

Mas o passado está escrito e o futuro, ainda não.

E as lições de tantos anos precisam ser aprendidas com urgência, inclusive levando em conta duas situações marcantes: o pior elenco tecnicamente que o Fortaleza montou pelo menos desde o mata-mata conseguiu subir e comandado por uma diretoria – e aí entra a história da missão do presidente Luis Eduardo Girão – que assumiu no meio da temporada após a renúncia coletiva dos dirigentes que começaram o ano.

O JOGO

O confronto histórico ocorreu neste sábado, em Juiz de Fora, interior de Minas, contra o Tupi, com a presença de quase dois mil torcedores do Fortaleza. O início do jogo já deu mostra da postura do Fortaleza, esperando as iniciativas do Tupi e tentando sair nos contra-ataques. Logo aos três minutos, em impedimento, a equipe mineira abriu o placar, gol marcado por Romarinho. O time da casa insistia e quase marcou mais duas vezes, novamente com Romarinho, em saída errada de Marcelo Boeck, e com Italo, acertando a trave.

A partir dos 30 minutos os comandados de Antonio Carlos mostraram outra postura. Com mais calma, trocavam passes e tinham em Hiago a saída de segurança e velocidade, especialmente pelo lado esquerdo. Foi assim que o atacante finalizou com perigo em duas oportunidades.

O segundo tempo mais uma vez teve domínio do Tupi. Aos sete minutos, Andrei teve gol anulado também por impedimento e aos 14 minutos foi a vez de Marcelo Boeck – o melhor atleta da campanha do acesso – ser decisivo em chute de Helder, de bicicleta.

Restando 30 minutos para o acesso e tendo que fazer pelo menos dois gols para levar a decisão para os pênaltis, o Tupi mantinha a postura tática de ataque, mas encontrava até então uma sólida defesa do Fortaleza, que permitia pouco ao adversário.

Aos 36 minutos, o Tupi abriu o placar. Após ótima jogada pela direita, Edmário ajeitou de cabeça para Fernando e o zagueiro fez 1 a 0, na pequena área tricolor. O jogo se tornava ainda mais dramático e, na sequência, Marcelo Boeck fez duas ótimas intervenções.

Nos minutos finais, já com Leandro Cearense e Jô em campo, o Fortaleza, de forma inteligente, segurou a posse de bola no campo de ataque e só restava algo a se fazer, após oito anos: comemorar o acesso.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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