Com proposta para voltar ao Ceará pela terceira vez, o meio-campista Reina não esquece o clube, ainda que sua passagem mais recente tenha sido em 2012, quando tinha 23 anos (ele atuou em 2010 também, sempre emprestado pelo Cruzeiro). No total, foram 27 partidas pelo Alvinegro, com dois marcados, um título estadual e uma polêmica jurídica (o Fortaleza denunciou o Ceará por escalação irregular do atleta, mas o Alvinegro foi absolvido ao provar que as condições de trabalho de estrangeiro estavam corretas).

Nesta conversa exclusiva com O POVO, direto de Cali-COL, o colombiano fala da boa temporada que teve em 2017 pelo Deportivo Pasto, da vontade de ser chamado pela seleção do seu país, do carinho pela torcida do Ceará e da vontade de regressar.

O POVO – Você viveu seu melhor ano na carreira em 2017, atuando no Deportivo Pasto?
Reina – Do ponto de vista de continuidade, sem dúvida. Já tive muitos momentos bons, mas esse ano eu joguei bastante (foram 30 jogos, sem contusões) e é muito importante para qualquer jogador ter sequência. Estou muito bem.

OP – Você atuou em que posição, mais como volante ou avançado?
Reina – Sou um camisa 10 e foi assim que ajudei a minha equipe. Fiz sete gols, incluindo um dos eleitos entres os mais bonitos do ano aqui na Colômbia, contra o Tigres, numa vitória por 3 a 1 (vídeo abaixo).

OP – Agora com 28 anos, você está mais experiente do que quando jogou aqui. Pensa em seleção?
Reina – Sim, foi por isso que voltei da Coreia do Sul. Lá é um país muito bom para viver, tranquilo demais, mas estava com saudade da minha família, de ficar perto de todos e também porque quero um lugar na seleção colombiana.

OP – Com a boa temporada naturalmente há outras propostas, então?
Reina – Isso é com meu empresário, mas só da Colômbia são cinco times interessados, mas eu tenho muita vontade de voltar a jogar no Ceará. Fui muito feliz aí, fiz ótimos amigos, lembro muito de Fortaleza, tenho muito carinho pelo time e pela torcida (O POVO apurou que Reina também tem proposta de outro time brasileiro, do México, Chile e do futebol asiático).

OP – Você acompanhou o acesso para a Série A?
Reina – Sim. Estou nas redes sociais do clube o tempo todo. Acompanho sempre. Fiquei feliz com o acesso do Ceará como se tivesse feito parte da conquista. E sempre recebo muito carinho dos torcedores nas redes sociais também. Isso me dá muita motivação para voltar.

OP – O Diego Solarte, teu empresário, nos disse que um acordo com o Ceará está próximo, faltando detalhes.

Reina – Então, eu gosto de falar só de futebol, mas está dependendo de coisas mínimas. O mais importante é que eu quero e o Ceará também quer. Aproveito para deixar um recado pra torcida: que estou torcendo para que tudo dê certo, vamos fazer de tudo para jogar no Ceará porque essa é minha prioridade.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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