AFP PHOTO / GERARD JULIEN

Neymar se machucou no domingo, 25 de fevereiro, em jogo diante do Olympique de Marselha, válido pelo Campeonato Francês. O jogador brasileiro do PSG agora precisa saber qual o tratamento para a lesão, que é uma fissura no quinto metatarso do pé direito.

As versões são muitas e tem provocado polêmica e confusão, além de uma disputa nos bastidores.

O site Globo Esporte nacional, na terça-feira pela manhã, divulgou como certo que o jogador faria uma cirurgia para colocar um pino no local e resolver o problema. O clube francês tratou de desmentir a informação em entrevista coletiva de Unai Emery. O técnico avisou que a decisão de agora é esperar a evolução da contusão e não operar imediatamente.

A Folha de São Paulo publicou matéria na noite desta terça onde afirma que, por contrato, é do PSG a decisão da forma de tratamento. O pai de Neymar se manifestou também. Em entrevista a ESPN Brasil, ele afirmou que entende que a cirurgia é necessária para que problemas futuros não ocorram, como uma refratura no local, mas que a decisão será dos médicos do PSG e da comissão médica da seleção brasileira.

O médico da seleção, Rodrigo Lasmar, viajou até Paris para examinar o jogador ainda nesta quarta-feira.

ORTOPEDISTA INDICA CIRURGIA

Um dos principais ortopedistas do Ceará, Marcos Girão, é favorável ao procedimento cirúrgico no caso da contusão de Neymar. Especialista em traumatologia do esporte, ex-médico do Ceará e coordenador médico da Fifa durante a COpa do Mundo em Fortaleza, ele esclareceu a situação para o Blog do ponto de vista da recuperação.

“MInha indicação seria de cirugia justamente porque a fissura se consolida de forma mais firme com a colocação de placa a parafuso. É uma cirugia muito simples e nem há necessidade de anestesia geral. Além disso, o metatarso é um local de muito atrito para o atleta e há muitos casos de complicação caso a cirurgia não seja feita.”

Ainda assim, Marcos Girão avalia que o tratamento convencional, que poderia acelerar a recuperação em caso de boa evolução, não é errado. “Depende muito do jogador, do nível de dor, da expectativa de retorno, mas o que observo é que imobilizar acarretaria perda de massa muscular e perda do controle neuromuscular e isso não é bom para o atleta”

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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