Durante audiência pública realizada nesta quarta-feira para apresentar o processo de licitação da Arena Castelão – na quinta-feira, 13, o estádio volta a ser administrado pelo Governo com o fim da parceria com a Luarenas – um número deixou o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, impressionado.

A média de consumo por torcedor que vai ao estádio é R$ 15,93. “Pensava que era bem menos. Nos últimos quatro jogos, o Fortaleza levou 214 mil pessoas. Se multiplicar, dá R$ 3,4 milhões, que não foram nada para os cofres do clube. Esse valor é muito maior do que a renda que ficou para o Fortaleza”, afirmou o dirigente.

Uma conta rápida, apenas levando em conta 33 jogos do Campeonato Brasileiro de Ceará e Fortaleza em 2018, mostra que, juntos, os dois levaram 1.012.580 pagantes ao Castelão (545.360 em 19 jogos do Tricolor e 467.220 em 14 jogos do Alvinegro – cinco foram no PV). Multiplicando cada torcedor por R$ 15,93 de ticket médio, o total arrecadado nas lanchonetes do estádio (basicamente com água, refrigerante, sanduíches e salgadinhos – cerveja não pode) foi de R$ 16.130.399.40, dos quais nenhum centavo foi para os cofres de Ceará e Fortaleza.

É justamente tal cenário que os dirigentes querem mudar. Em um primeiro momento, os rivais vão administrar a Arena Castelão ao lado do Governo, jogo a jogo, recebendo porcentagem a ser definida de faturamento tanto dos bares, como do estacionamento (que gera mais milhões).

É desejo também dos clubes que no processo licitatório – que deve terminar apenas no fim de 2019 e conta hoje com 10 empresas interessadas – fique claro aos concorrentes que Ceará e Fortaleza terão direito a uma fatia do faturamento de bares e estacionamento.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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