Neste domingo, 10 de maio, encerrou-se a 16ª edição do Dragão Fashion Brasil, o maior evento de moda autoral do país, que movimentou minha querida Fortaleza, capital do Ceará, por quatro noites. A edição do evento foi marcada pela renovação, presente no line up, no lugar escolhido para a realização, na assessoria de imprensa e nas pessoas que por lá circularam, vendo, sendo vista, produzindo conteúdo ou posando para os clicks. Nós do Homem ETC estivemos por lá todos os dias e vamos contar aqui nossa impressões sobre os desfiles de moda masculina.
João Paulo Guedes
Nós já havíamos falado dele aqui no blog. O estilista natural de Quixeramobim estudou moda em Toronto, no Canadá e foi lá que apresentou sua coleção pela primeira vez. Com ares góticos, moletons psicodélicos inspirados nos vitrais das catedrais canadenses e alfaiataria perfeita, ele apresenta uma coleção atemporal e elegante, nas cores preto, azul e marsala.
Por enquanto ainda não é possível adquirir as peças do designer, mas ele contou pra gente que vai entrar em negociação para comercializa-las em Fortaleza. Estamos na torcida.
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Lino Villaventura
Se eu fosse um príncipe oriental meu guarda-roupa seria todo assinado pelo Lino. O que muito se ouviu depois do desfile do estilista foi: “Lino é Lino”. Sim e funciona. O handmade é a marca de suas roupas, a variedade de texturas e formas que ele mistura como ninguém, também. Na passarela-palco de Lino o homem é um artista e a roupa obra de arte.
PS: Alguém consegue ver uma vibe hip-hop? Eu sim!
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Lindebergue Fernandes
Quem não ama Lindebergue Fernandes? Mais conceitual que nunca, o estilista nos acostumou a um desfile espetáculo, cheio de surpresas emocionantes. Nesse ano, antes de apresentar sua criação, fomos surpreendidos com uma homenagem póstuma a João Sobar, jovem estilista que teve sua carreira encerrada recentemente. Cláudio Silveira, organizador do evento leu um texto saudoso e arrancou lágrimas e aplausos até de quem não conhecia João.
Já a coleção de Lili, só arrancou sorrisos. O estilista, de forma lúdica, uma característica presente em seus desfiles, mostrou uma tendência atual: as roupas sem gênero. Seus modelos eram quase entidades. Na passarela de Lindebergue, tudo pode e toda mistura é bem vinda. A liberdade foi a grande estrela e o recado que ecoou na sala de desfile foi: todas as possibilidades merecem ser testadas.
Quero essa blusa pra próxima festa!
A grande festa ficou por conta da intervenção do grupo as travestidas e todos nós já queremos essas camisetas super bem humoradas (o estilista vai lança-las em breve). No vídeo você pode ver o desfile na íntegra e a apresentação do gripo acontece em 4’20”.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=R1Z_pswB-PA&feature=share[/youtube]
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Jadson Raniere
A roupa sem gênero também foi a grande aposta de Jadson Raniere. Modelagens amplas, calças-saias e assimetrias deram o tom do que poderia ser a roupa do futuro. Urbana, confortável e sem complicação.
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Ronaldo Silveste
Meu desfile preferido mostrou roupas etérias de corte perfeito. O blazer com nervuras é meu objeto de desejo.
Cores sóbrias e chiques, pálidas, quase melancólicas. As peças tem um ar cinematográfico que se encaixaria perfeitamente nos personagens do Tim Burton.
As gravatas inspiradas no estilo country deixaram os looks ainda mais enigmáticos!
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Ricardo San Martine
O estilista Ricardo San Martine, radicado no Rio Grande do Norte, usou seu olhar sobre o artesanal para criar um homem religioso e provocante. As peças foram fabricadas por artesãos potiguar e diferente da tendência atual e do muito se viu no DFB 2015, são super masculinas, com corte marcado e silhueta justa. ron
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E você, o que achou dos desfiles masculinos? Concorda com a gente? Deixe sua opinião, com educação sempre, hein!