Uma TV japonesa lançou desafio inusitado a três jogadores profissionais da seleção do país nipônico: disputar uma partida de futebol contra cem crianças. Os atletas Hiroshi Kiyotake, Hotaru Yamaguchi e Yosuke Ideguchi toparam a parada, entraram em campo e partiram para o embate em desvantagem numérica. O desafio foi realizado no ano passado, mas voltou a circular nas redes sociais nas últimas horas.
Os atletas profissionais tiveram pela frente marcação acirrada, não tendo muito espaço para desenvolver suas jogadas. Cada passo era acompanhado por uma “reca” de miniatura de japoneses. Eficientes e obedientes à organização, as crianças ficaram distribuídas por todo o campo.
Diferentemente dos famosos esquemas táticos adotados nos gramados europeus, como o 4-1-4-1, 4-3-3 e 3-5-2, o time dos cem empregou o inédito 30-30-30, contando com a agilidade (mas nem tanto) de dez mini goleiros ao mesmo tempo.
Em pouco mais de cinco minutos e com posse de bola quase nula, os pequenos craques de olhos puxados praticamente não viram a cor da pelota.
No entanto, mais difícil do que entender a narração da partida, misturada entre comentários aleatórios e gargalhadas, foi compreender o entrosamento das crianças. Nas poucas oportunidades em que poderiam construir jogada, os futuros cientistas, professores ou árbitros (porque seguir no futebol vai ser difícil…) logo perdiam a bola.
Como a famosa frase do ex-jogador e ex-técnico Muricy Ramalho é infalível, não deu outra: a bola puniu os pequenos samurais. Não era para menos, o trio da seleção japonesa usou da malandragem que lhe é característica (ou não) e apelou. Eles optaram pelas jogadas aéreas para chegar ao gol da vitória, assinalado pelo volante Ideguchi.
Todo o drama do time dos cem ficou estampado no rosto de cada um de seus jovens esportistas, contrastando os largos sorrisos dos vencedores.
Wanderson Trindade