Por Bruno Paulino

Foto: Tatiana Fortes/O POVO
esfinge
vi os pássaros no teu corpo
quis voar com eles
no céu bonito da tua pele
para desanuviar sonhos
por tatuagens e labirintos
tu és esfinge
oráculo e canção
desejo que não ouso
manuscrito in-fólio
que não sei ler
teu enigma
não tem decifração
esfinge II
teu olhar
que nunca antes eu tinha visto
é medonho como um sol:
alumia, traspassa
e encandeia meu desejo
***
Bruno Paulino
É cronista e aprendiz de passarinho
***