Foto: Fizkes/GettyImages

Saber identificar transtornos para evitar problemas é essencial para gerir sua equipe e manter um ambiente saudável e produtivo na empresa

Conflitos fazem parte do cotidiano de todos, seja no âmbito profissional ou pessoal. Dessa forma, os responsáveis pela gestão de pessoas de uma empresa precisam se atentar aos momentos em que os problemas podem prejudicar o ambiente de trabalho.

O psicólogo Hilton Queiroz* afirma que existem diversas causas de desentendimentos entre colegas de empresa, desde disputa por influência e status, até divergência de ideias. “Há pessoa que estabelecem ideias partidárias sobre política, religião e, sem perceber, defendem isso de uma maneira energética em seu local de trabalho, deixando o ambiente desconfortável.”

De acordo com o psicólogo, existem dois níveis de conflito: o intrapessoal e o interpessoal. É fundamental para o gestor saber identificar qual destes dois está ocorrendo e aplicar medidas reparativas adequadas a cada caso.

Conflito intrapessoal
Gerado dentro do próprio indivíduo. Crises internas podem ocasionar angústias e desequilíbrio emocional, sendo sinais deste conflito. “Se isso não for bem trabalhado, pode gerar excesso de raiva, estresse e personalidade explosiva no funcionário, podendo afetar terceiros”, alerta Hilton.

Conflito interpessoal
Esse tipo de conflito envolve duas ou mais pessoas. É identificado pelo ataque de ideias contrárias e defesas do próprio ponto de vista. “Linhas de raciocínio distintas são uma das causas desse tipo de conflito e o relacionamento entre as duas partes deve ser trabalhado pelo gestor.”

De acordo com Queiroz, o primeiro passo para evitar essas situações é conhecer bem cada um dos funcionários. “Entender o comportamento de cada membro da sua equipe é o passo primordial para identificar se realmente está acontecendo algo ou se é apenas um boato”, aponta. Depois de discernir entre um e outro e constatado que há um problema, o segundo passo a ser dado pelo gestor é diferenciar os níveis de conflito e, em seguida, é preciso ser verificado a intensidade do que vem ocorrendo.

Após uma primeira análise, o gestor deve ouvir cada funcionário pessoalmente para poder gerenciar o caso. “O líder tem de ser gestor de pessoa e deve estar atento a isso. É importante observar e saber identificar qual situação está ocorrendo para que isso não se transforme num problema maior”, adverte Hilton. Ele destaca que um ambiente incômodo pode repercutir em toda a equipe e afetá-la psicologicamente. “Se o clima organizacional não for saudável, as pessoas gastam tempo e energia tentando se defender um do outro”, diz.

Para lidar com esses acontecimentos, é fundamental que a empresa conte com bons líderes. “Quando ele sabe se comunicar, tem habilidades bem desenvolvidas e sabe trabalhar com a personalidade de cada um dos membros de sua equipe, extraindo o melhor delas, ele consegue gerenciar o ocorrido”, pontua o psicólogo. Queiroz conclui afirmando que um ambiente interno agradável gera maior produtividade, pois os colaboradores abraçam as metas.

*Hilton Queiroz é consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE).

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