Três pessoas se reúnem em uma sala, enquanto conversam. Há um notebook sobre a mesa, junto com dois copos de bebidas

Foto: StartupStockPhotos/Pixabay

Número de investidores em plataformas cresce após regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Trabalhar com economia criativa e contar com o auxílio da internet pode ser uma forma de buscar alternativas para custear um projeto. O crowdfunding é uma modalidade de financiamento coletivo na qual os admiradores de um trabalho, um produto ou obra pagam adiantado um determinado valor para ter acesso a essa obra, que posteriormente será produzida com o resultado do financiamento.

Uma das maiores plataformas do Brasil, a Catarse movimentou R$ 11 milhões apenas em 2016, ajudando a realizar 610 projetos com mais de 87 mil pessoas doaram algum valor na plataforma. Segundo Glauber Uchoa*, especialista em Economia Criativa pelo centro tecnológico Barcelona Media, a principal importância de utilizar o crowdfunding é poder viabilizar trabalhos que não chegariam ao público se não fosse essa modalidade de financiamento. Ou seja, é importante tanto para quem produz, como para quem consome a produção.

Sobre os trabalhos que mais estão presentes em plataformas de financiamento coletivo, Glauber enfatiza que, em primeiro lugar, estão projetos artísticos e culturais, em segundo lugar, projetos com viés social/ambiental e terceiro novos produtos/empresas. “Para viabilizar um projeto de crowdfunding, é importante a pessoa ter um histórico de trabalhos reconhecidos, manter uma base de admiradores de seu trabalho e fazer um bom esforço de divulgação. A simples concepção de um projeto e a inserção em uma plataforma não garante a viabilização do financiamento”, afirma o especialista.

Exemplos de sucesso
Glauber cita como exemplo a Fia (oficina de artesãs). “É um grupo de artesãs da cidade de Sobral que conseguiu financiamento para seu projeto de criação de uma coleção de artesanato.”

“Tormenta”, um cenário de fantasia medieval usado em campanhas de RPG, foi criado em 1999 por Marcelo Cassaro, Rogério Saladino e JM Trevisan, como encarte comemorativo de 50 edições da revista de RPG e cultura nerd Dragão Brasil. Em 2019, para celebrar seus 20 anos, foi lançado uma nova edição, o Tormenta 20, que se tornou o maior financiamento coletivo da história do País.

O “Conto dos Orixás”, livro de 120 páginas, traz a mitologia do povo Yorubá no formato de histórias em quadrinhos. Projeto iniciado em 2016 pelo quadrinista Hugo Canuto, o livro só foi possível por um crowdfunding bem sucedido pela internet. A meta inicial era de R$ 20 mil, mas acabou com resultado final três vezes superior.

Plataformas
Uchoa exemplifica algumas plataformas de financiamento coletivo com trabalho reconhecido:

Catarse

Kickante

Vakinha

Benfeitoria

Queremos

*Glauber Uchoa, analista técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)

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