A pesquisa do instituto Datafolha, divulgada hoje, (15/4/2018) confirma o que é fácil observar: Lula, mesmo preso, será um dos atores principais (se não o protagonista) das eleições presidenciais de outubro.
Mesmo perdendo intenções de voto – eram 37% na em janeiro -, os 31% coletados na recente pesquisa são um percentual bastante expressivo para quem está, junto com o PT, na berlinda sendo atingidos apenas por notícias negativas.
Lula aparece à frente nas três simulações de primeiro turno em que seu nome é oferecido aos eleitores, com 31% em duas delas e 30% em outra. Em segundo vem Jair Bolsonaro (PSL), com 15% e 16%, dependendo da simulação.
Quem amarga a pior situação, considerando-se os candidatos do primeiro pelotão, é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece sempre em quinto lugar, nas sete simulações feitas pelo instituto. Com Lula ou sem Lula, o desempenho de Alckmin varia de 6% a 8%. Dependendo da simulação, o ex-governador paulista fica atrás de Bolsonaro, Marina Silva (Rede), Joaquim Barbosa (PSB) e Ciro Gomes (PDT), cuja intenção de voto varia de 5% a 9%.
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, avança sobre o eleitorado tradicional de Alckmim. Ele amealha 17% dos votos dos eleitores com curso superior, tradicionais votantes de Alckmin, principalmente no Sudeste. Nesse mesmo segmento Bolsonaro também disputa com o tucano. O negócio pode ficar difícil para Alckmin, mas há de se lembrar que o PSDB é um partido estruturado e vai dispor de bom tempo na TV.
Com outro nome, Fernando Haddad ou Jacques Wagner, o índice de intenções de voto no PT não passa de 2%. Mas é preciso considerar que a campanha ainda não começou oficialmente. Assim, tem-se de levar em conta que 30% dos eleitores ouvidos na pesquisa dizem que votariam em um candidato apoiado por Lula “com certeza”; outros 16% afirmam que “talvez” votassem. Entre os lulistas, 66% afirmam que votariam “com certeza” e 16% “talvez”.
De qualquer modo, em um hipotético segundo turno, Haddad e Wagner perderiam para Alckmin e Bolsonaro. Porém, se Lula, superando todos os percalços judiciais, chegasse lá, ele derrotaria em segundo turno Bolsonaro, Alckmin ou Marina.
Quanto à prisão de Lula, 54% dos eleitores a veem como “justa”, mas um percentual significativo de 40% a considera “injusta”. Outros 62% avaliam que o ex-presidente será impedido, judicialmente, de disputar as eleições. Tanto uma resposta quanto a outra, de certa forma, é uma contradição com o alto índice de intenções de voto do petista .
Em qualquer das seis simulações sem Lula no primeiro turno, os votos brancos e nulos ficariam à frente de qualquer outro candidato. A situação é mais marcante no Nordeste, em que 31% a 34% dos eleitores dizem que não votariam em nenhum outro nome.
A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 11/4 a 13/4/2018, com 4.194 entrevistas em 227 municípios.
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O último parágrafo foi acrescentado às 12h42min, o título foi trocado no mesmo horário, antes era: “Apoio a Lula diminui, mas se mantém alto; Joaquim Barbosa toma votos de Alckmin”
Esses números não expressam o que vemos e ouvimos nas ruas, onde a repulsa ao Molusco e à incomPeTencia que deixou mais de 13 Milhões de Desempregados diz o contrário.
Não acredito na pesquisa do DataFoice.
Amigão, reclame com o Mauro Paulino, diretor do Datafolha.
Esses dados dessa pesquisa mostram que nenhum político é confiável. Os pilantras da política são os verdadeiros predadores do País. Se o STF desengavetasse e julgasse todos processos dessa corja de ladrões dos cofres públicos, muitos já estariam na cadeia.
Prezado Bortolotti, votos brancos e nulos decidem algo? Acho que não. Também não deixam clara a motivação de suas ocorrências. Podendo ter várias hipóteses. No Rio de Janeiro, por exemplo, já tivemos um tal “Macaco Tião” concorrendo. De forma geral, refletem o descrédito do eleitor na política, mas fica difícil ser mais preciso que isto. Decididamente, Lula até poderá concorrer ao cargo, ainda que não participe diretamente da campanha, mas, na condição de presidiário, seus votos serão considerados nulos, ainda que tenha sido um número expressivo. Dessa forma, a eleição será em torno de votos VÁLIDOS. Os dois mais bem votados que estejam em condições de serem diplomados irão para o segundo turno. Particularmente, penso que Lula chegou ao fim de seu ciclo na política, embora, convenhamos, alguém já me falou, certa vez, que “o Brasil não é para amadores”….
Zé Bob, por isso “ganhariam” (os votos brancos e nulos) está aspeado no título, é um modo de dizer. Se Lula não concorrer, como parece certo, não haverá como “votar” nele, pois na urna eletrônica só é possível escolher os nomes que nela constam. A propósito, além do Macaco Tião, no Rio (terceiro lugar de votos para para a Prefeitura em 1988), ainda tivemos a rinoceronte fêmea Cacareco em São Paulo (100 mil votos na eleição de 1959) e o Bode Ioiô, o vereador mais votado em Fortaleza em 1922. Infelizmente (ou felizmente, dependendo de como se olha), as urnas eletrônicas acabaram com esse tipo de arrumação.
É o que querem o golpistas, o que aconteceu em são paulo, dória ganhou com a maioria dos votos da minoria que foi votar, ou anulou o voto.
De fato é interessante. Conforme o Datafolha (lembremos que temos outros institutos de pesquisa) Lula tem 31% de votos no 1º turno e também ganharia no 2º, porém 57% acham correta a prisão após a segunda instância. No meu ponto de vista penso que nós, povo, não sabemos mesmo votar. Vejam que parte desses 57% aceitariam votar em um candidato denunciado ou condenado, o que já apareceu em outras pesquisas. Essa alta em votos brancos ou nulos é só a fotografia de um cenário que não apresenta bons candidatos, o que não é de todo ruim porque não tem mesmo. Creio que alguns que podem oferecer algo mais decente ainda estão para entrar no jogo, ou os que aí estão não mostraram ainda a que vieram. Falta as pessoas acordarem para realidade e enxergar os fatos sobre quem realmente é o Lula e o PT (prisão para condenado é mais que justa), quem é o Bolsonaro, quem é a Marina e os outros e fazer um escolha racional. Eu também não sei ainda em quem votar, mas acho que o País precisa de alguém de centro.