O deputado estadual Carlos Matos (PSDB), em pronunciamento na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 10, repercutiu acusações do ex-governador Ciro Gomes contra o senador Tasso Jereissati (PSDB). De acordo com ele, as “ofensas pessoais” ao tucano demonstram “baixo nível” de Ciro e não demonstram “nova política”.
“Está sem nível para ocupar a vida pública e pretende ocupar a presidência da República? Impressionante”, questionou o parlamentar. Segundo ele, o ex-governador “não sabe mais separar o joio do trigo, não sabe respeitar uma vida pública de 30 anos”.
Em entrevista para um blog de Sobral, município no interior do Estado, Ciro chamou os senadores Tasso e Eunício Jereissati (PMDB) de “picaretas-mor” e disse que siglas são uma “indústria de picaretas”. As acusações provocaram reações aos dois partidos, que responderam à fala.
Carlos Matos pediu que Ciro “pudesse explicar melhor o que ele quis dizer com picareta” e questionou se não seria “picaretagem” projetos do Governo do Estado, como o Acquario. Durante sua fala, ele também defendeu a vida política de Tasso e disse que Ciro “não chegaria onde ele chegou sem ter tido um apoio importante do PSDB” e do senadot tucano.”Muitos sabem da amizade que existia entre os dois. Agora virou ódio?”, questionou.
“Essa é a nova política que o Ciro Gomes quer implantar no País, que a sociedade está buscando? Onde ele quer chegar? É ciúme, são palavras soltas ao vento, falta do que fazer ou é só política baixa e atitudes inconsequentes? Nós precisamos ter um novo momento na política brasileira e esse não é o caminho”, continuou Carlos Matos.
Diversas vezes durante o pronunciamento o deputado citou “ociosidade” de Ciro, que está sem cargo público atualmente. “A ociosidade pode levar a uma imaginação, a uma síndrome de perseguição, a se achar perseguido e tentar ofender. É muito melhor ocupar o tempo com bons projetos e boas ideias”, disse.
Capitão Wagner
Carlos Matos também citou a campanha à Prefeitura de Fortaleza, quando Ciro fez acusações pessoais ao então candidato Capitão Wagner (PR). “Chamar ele (Wagner) de desqualificado é um desrespeito aos policiais, à Polícia, aos servidores públicos”, disse.
Em aparte, Wagner lembrou as críticas que sofreu e cobrou maior eficiência na Justiça para o andamento dos processos contra Ciro por calúnia. O parlamentar afirmou que ele mesmo abriu um processo contra o ex-governador.
Por meio da assessoria de imprensa, Ciro afirmou que não vai responder às críticas.