Lula disse que Moro sempre foi um político. (Foto: Nelson Almeida/AFP)

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu carta que foi lida nesta sexta-feira, 30, durante reunião do Diretório Nacional da sigla, em Brasília. O ex-ministro da Secretaria-Geral e um dos fundadores do PT, Luiz Dulci, realizou a leitura. É a primeira manifestação do ex-presidente após derrota petista na eleição presidencial.

Lula diz que o “o povo brasileiro foi proibido de votas em quem desejava, de acordo com todas as pesquisas” e classificou a própria prisão como “farsa judicial”.

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Sobre o pleito presidencial, diz que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), criou “indústria de mentiras” no submundo da internet a mando dos Estados Unidos e financiado por caixa dois de dimensões desconhecidas, mas, provavelmente, gigantescas.

“É simplesmente vergonhoso para o país e para a Justiça Eleitoral que suas contas de campanha tenham sido aprovadas diante de tantas evidências de fraude e corrupção. É mais uma prova da seletividade de um sistema judicial que persegue o PT”.

Acrescenta ainda que o militar da reserva explorou o desespero das pessoas com a violência, a corrupção e  a decepção com a classe política, “mas não tem respostas concretas para nenhum desses desafios”.

Ele também comentou o “sim” e Sérgio Moro para servir ao governo eleito como ministro da Justiça. Para Lula, Moro não somente se transformou no político que dizia não ser, mas saiu do armário que escondia “sua verdadeira natureza”.

Projetou que a pasta presidida por ele – que também abarcará a Segurança Pública – irá intensificar perseguição ao PT e aos movimentos sociais.

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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