Deputado federal e titular da Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), Mauro Filho (PDT) disse ontem ao O POVO que só deve decidir futuro à frente da pasta após conversa com o governador Camilo Santana (PT), na segunda-feira da semana que vem.
Afastado das atividades na Seplag desde o início do ano, o pedetista assumiu o mandato parlamentar sob a justificativa de apresentar um projeto alternativo de reforma da Previdência. Inicialmente, a previsão de permanência de Mauro na Câmara era de três meses. O prazo, no entanto, esgota-se em maio.
O atraso no envio da reforma pelo governo Bolsonaro foi um dos fatores que obrigaram o deputado a prolongar sua estadia até agora. O secretário é membro da comissão especial que discute a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que remodela o regime de aposentadorias.
Pelo regimento da Câmara, o colegiado tem prazo de 40 sessões para votar parecer do relator da reforma, o que jogaria o fim da tramitação da medida na comissão para o fim de maio ou começo de junho. De lá a PEC segue para votação em dois turnos no plenário da Casa, fase mais difícil do projeto. Nesse estágio, todo o processo deve se estender até julho ou agosto.
De acordo com Mauro, a reunião com Camilo tem o objetivo de equacionar a situação e encontrar a melhor saída para a Seplag. Na ausência do parlamentar, a pasta vem sendo tocada pelo secretário-executivo, Flávio Jucá.