Apesar de ocuparem polos opostos na disputa nacional, PT e PSL concordam em votar para retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça Sergio Moro.
A Casa vota na noite desta terça-feira a Medida Provisória 870, que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, reduzindo o número de pastas de 29 para 22.
A medida, que caduca no dia 3 de junho, foi aprovada pela Câmara na quinta-feira da semana passada.
Deputados, contudo, aprovaram a mudança no texto, designando o Coaf como atribuição do ministro Paulo Guedes (Economia).
Também nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro enviou carta ao Senado pedindo que parlamentares preservassem o texto da MP 870.
O gesto do pesselista causou desconforto entre senadores da base do governo, como o cearense Eduardo Girão, do Podemos.
Em discurso no plenário, Girão disse que não via “justificativa plausível para que o Senado não vote ainda nesta terça a MP 870”, mantendo o Coaf com Moro.
O senador apresentou uma lista de assinaturas de manifestantes que cobram que o Coaf permaneça com Moro.
Ver PT e PSL juntos, lutando no Senado pra manter o COAF longe do Moro, é daquelas coisas da vida que não têm preço!
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) May 28, 2019