Envelhecimento ativo: no projeto, o público participa de aulas de dança, coral, artesanato, literatura, além de encontros sobre direitos e saúde (Foto: Viktor Braga)

Sesc Ceará desenvolve ações voltadas ao interesse do público idoso de forma socioeducativa, como forma de atender às mais variadas faces do envelhecimento e à valorização da pessoa idosa enquanto sujeito de direitos.  Não por acaso, o Trabalho Social com Idosos (TSI) vem intensificando sua atuação em razão da pandemia, uma vez que este grupo populacional está no perfil de risco da doença. Pensando nisso, a instituição deu início em 2021 às inscrições para diversas atividades, como oficinas, palestras, atividades físicas, dinâmicas de integração, seminários, cursos, dentre outras.

Durante esse período, a ideia é apostar nos aplicativos de mensagens e chamadas em vídeo, a exemplo do Zoom e Google Meet, como forma de integrar os idosos nas atividades idealizadas pelas unidades do Sesc em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Sobral e Iguatu. Desse modo, os idosos inscritos no TSI têm a chance de participar, mesmo que de suas casas, de ações com foco na Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, Protagonismo, Direitos Sociais e Cidadania, Memória e Histórias de Vida, Expressões Artístico-culturais e Intergeracionalidade.

As atividades e projetos variam conforme a Unidade Sesc escolhida e podem ser consultadas no ato da inscrição. Entre as possibilidades estão projetos de coral, dança, criação literária e bailes temáticos, que proporcionam aos novos integrantes descobertas para bem viver a velhice.

As inscrições do TSI podem ser feitas por homens e mulheres a partir de 50 anos. Para participar, os interessados devem entrar em contato com a própria unidade.

Lazer, aprendizados e interação 

Lucirene Façanha, 64, é frequentadora assídua do Sesc. Após se recuperar de um transplante de rim, em 2014, começou a fazer diversas atividades promovidas pela unidade Fortaleza, principalmente os voltados para arte e literatura, sua maior paixão. Tanto que, em novembro de 2020, seu primeiro livro de contos – cuja venda ela realiza de forma virtual, por conta da pandemia – foi publicado. Enquanto isso, costuma fazer as atividades virtuais propostas pelo Sesc, até como forma de manter a mente ocupada neste período de isolamento social. “Participo dos grupos de literatura, de artesanato, e acho ótimo. Temos assuntos para conversar, ideias para compartilhar, estamos juntos sempre, mesmo que distantes”, pontua.

Quem também participa do TSI é Maria de Fátima Quezado de Sousa. No auge dos 67 anos muito bem vividos, ela começou a frequentar o Sesc de Juazeiro do Norte em 2019, fazendo dança, hidroginástica e participando de encontros semanais, onde teve a oportunidade de conhecer várias pessoas animadas como ela. “Desde 2020, seguimos com as atividades de forma online. Teve, por exemplo, a Festa de São João – e inclusive fui a Rainha do Milho. Já em fevereiro, a gente pulou Carnaval, sabe como é, dançar é comigo mesmo”, brinca. Sobre as ações e a equipe do Sesc, Maria de Fátima é só elogios. “Todos são muito prestativos, se preocupam com todos os participantes. É uma turma nota mil”, diz.

Quem também “ama de paixão” as ações do TSI é Maria Laurismar Gomes de Lima, 71. Frequentadora assídua do Sesc Sobral, ela garante que, apesar do distanciamento social, dá para participar das atividades online propostas pelo projeto. “No momento, a gente mata a saudade das amigas através dessas reuniões virtuais, que eu adoro”, destaca.

Já Maria Marli Olinda, que vai completar 72 anos em março, considera o Sesc Crato como a extensão de sua própria casa. Para ela, tanto os frequentadores quanto os funcionários formam uma grande família. “Lá encontramos todo o apoio que precisamos. A equipe traz para gente todo o conhecimento, como dicas de alimentação, cuidados com o bem-estar e, atualmente, sobre a vacina e como devemos nos cuidar e nos proteger neste momento de pandemia. Isso sem falar nos exercícios físicos online e nas oficinas, como de bijuteria, de laços de criança, bordado, pintura e por aí vai”, pontua.

Sonia França também considera o Sesc a sua segunda casa. E, assim como Maria Marliolinda, faz questão de destacar as boas amizades feitas durante os encontros. Ativa no TSI da unidade Iguatu desde 2006, Sonia é uma das mais entusiasmadas alunas nas atividades de dança, teatro e coral, talentos que ela não sabia que tinha. “O pensamento é geral: o Sesc é muito importante nas nossas vidas. É lá onde vivemos plenamente esse período de nossas vidas”, finaliza.

Mais informações sobre onde encontrar o Trabalho Social com Idosos (TSI)