(Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em vídeo, o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, defende a força-tarefa e diz que é “normal que procuradores e advogados conversem com o juiz mesmo sem a presença da outra parte”.

Diálogos entre Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro foram revelados pelo site The Intercept Brasil nesse domingo. Neles, Moro surge orientando passos da operação, que resultou na prisão do ex-presidente Lula ainda em 2017.

O procurador, que ainda não havia se manifestado pessoalmente sobre o caso, divulgou vídeo nesta segunda-feira.

Dallagnol assegura que, nas conversas com Moro, o que é importante é “verificar se houve conluio ou imparcialidade”. E, nesse caso, defende o membro do MPF no Paraná, não houve.

O procurador então cita decisões judiciais desfavoráveis à Lava Jato no curso da Lava Jato, o que seriam mostra de que julgadores e acusadores nem sempre concordaram.

“Todos os atos e decisões da Lava Jato são revisados em três instâncias”, acrescentou Dallagnol.

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Sobre o ex-presidente Lula, o procurador disse que o MPF “só apresentou acusação com provas robustas contra o investigado”.

Para ele, as “provas do caso triplex eram robustas”.

Por fim, Dallagnol também afasta tese segundo a qual a força-tarefa atuou movida por interesses partidários.

“Tentar imaginar que a Lava Jato é uma operação partidária é uma teoria da conspiração que não tem base nenhuma”, rebateu.

 

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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